Foto: Getty Images

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Por Luigi Torre

Paradoxalmente, num mondo globalizado, são visões regionais que despertam maior desejo. E Domenico Dolce e Stefano Gabbana sabem bem disso. Todas as mais recente coleções de sua Dolce & Gabbana foram homenagens a (e imersões em) algum elemento ou região específica da Itália. Porém, para o verão 2016, o foco foi no país como um todo, em seus maiores ícones e símbolos. Pontos turísticos, referências religiosas, obras de artes e mapas, o próprio legado cultural e de moda e até as selfies turísticas — aqui em versão fashion, feitas pelas próprias modelos na passarela.

E tudo sob aquele perfume 50’s, que já se tornou sinônimo da marca, junto às rendas, bordados e toda uma sorte de decorações minuciosas. Mais do mesmo? Sim e não. A base é a mesma, mas a narrativa é nova. Estratégia que vem se provando muito bem-sucedida, principalmente num mercado tão saturado e (muitas vezes) sem identidades forte. Algo do que está casa certamente não sofre.