por Camila Garcia
A próxima edição da Bazaar começou a ser gestada há seis meses, quando o diretor criativo José Cabaço veio de Seattle para nossa primeira reunião. Zé é de Moçambique, foi diretor criativo global da Nike por seis anos (desde 1998, já cuidava da conta em diversas agências de propaganda) e ganhou cerca de 200 prêmios de publicidade ao longo de sua carreira – o mais recente, um Leão de Ouro, em Cannes, pelas fotos de uma campanha da HP, pela Almap BBDO.
Ele chegou ao Brasil com uma ideia um tanto ousada: fotografar a revista INTEIRA com celular – capa e editoriais de moda, inclusive –, com foco no corpo e, claro, em homenagem à Olimpíada que acontece no Rio de 5 a 21 de agosto.
Nós topamos na hora, claro. Dali em diante, um verdadeiro esquema olímpico foi armado para reunir atletas, fotógrafos e stylists em várias partes do mundo. Num primeiro momento, fui tomada por um certo pânico, confesso. Daria certo?
Ficaria à altura de Bazaar? Quando acompanhei o editorial com a Sabrina Sato, um dos primeiros a serem fotografados, todas as minhas dúvidas se dissiparam. E algumas verdades absolutas caíram por terra. Sim, a tecnologia hoje nos permite ter qualidade, e os processos podem ser simplificados sem perda de resultados. A própria Sabrina, desconfiada como eu em princípio, se encantou com as fotos feitas com um iPhone 6s (aparelho usado para todas as fotos) e comprou totalmente a ideia.
Com um material tão poderoso e tecnológico em mãos, mais uma inovação: fazer um special issue que ficasse nas bancas por um período mais longo, justamente alcançando agosto,quando acontecem os Jogos. Por isso, o lançamento foi adiado para o meio de julho. Assim, garantimos notícias fresh tanto de julho quanto de agosto.
Outro grande desafio era embalar tudo isso com o DNA de Bazaar, mas de um jeito que, logo de cara, você, leitora, entendesse que se tratava de uma edição inovadora,totalmente conectada. E foi assim que surgiu uma ousada ideia de capa que… bem, você vai precisar esperar até o dia 14 para descobrir!
