Amsterdã: guia nada óbvio da capital da Holanda

Lalai Persson já foi DJ, promoter e braço direito do empresário argentino Facundo Guerra, com quem tocou grandes projetos da noite paulistana, como Z Carniceria. Hoje, é autora do blog de lifestyle e viagem Chicken or Pasta e consultora de ativação de marcas em festivais de música pelo mundo.

 

Viaja sem parar e tem paixão especial pela capital da Holanda. “Viajei pelo menos umas 11 vezes para lá e sempre volto querendo ficar. Amsterdã é muito turística e pode ser facilmente óbvia, mas a dica é fugir do burburinho e ir para outras áreas, além da central, para descobrir uma nova cidade. Gosto bastante de me perder pelas vielas e pequenas ruas que acompanham os canais.”

 

Anote suas dicas preciosas da cidade:

 

Onde dormir

O centro é uma ótima opção para se hospedar, pois facilita o ir e vir para qualquer canto da cidade. Por essa razão, na minha última visita, escolhi o Kimpton DeWitt, hotel boutique a alguns passos da estação principal. Tive a grande sorte de ficar no anexo, datado de 1500 e que já foi moradia do dramaturgo P.C.Hooft. Da minha janela, eu podia contemplar o centro nervoso de Amsterdã e me animar a ir para a rua. Diariamente, às 17h, o Kimpton promove o wine time, em que é feita uma degustação de vinhos para os hóspedes no belo lounge. Imaginem se eu faltei a algum?

 

Comprar e passear

Boas sex shops não faltam na cidade, mas a maioria possui ar obscuro e decadente. A Manhattan Lingerie & Love Toys abriu as portas com a missão de quebrar paradigmas. A loja é toda branca e minimalista e há uma bela curadoria feita pelo Michel, dono e vendedor. Fica em um sobrado da movimentada Nieuwezijds Voorburgwal (a mesma do hotel Kimpton). Preços ótimos, trilha boa, você nem vai achar que está em uma sex shop.

 

Na linha de lojas multimarcas, adoro a Hutspot Amsterdam: traz uma bela amostra da dinamarquesa Samsøe ø Samsøe. Nas araras, roupas femininas, masculinas e até seleção infantil, produtos de design, papelaria, livros e acessórios.

 

Outra boa pedida é a Raw Materials, de artigos para casa feitos com material reciclado. Os lustres de concreto são lindos! Para amantes de discos, como eu, a Rush Hour é de perder o fôlego e a hora. Sempre tem muitas novidades (o melhor em música eletrônica) e, de vez em quando, alguém discotecando por lá.

 

O Eye Film Institute é outro endereço que amo, um museu dedicado ao cinema, com arquitetura moderna em formato de olho e programação bombada. Uma loja fofa lá dentro vende de tudo relacionado ao tema, incluindo vinhos da vinícola de Coppola e café do David Lynch.

 

Comer e beber

O norte de Amsterdã é a bola da vez há alguns anos, mas poucos visitantes escolhem pegar a balsa e atravessar o grande canal. Vale a pena! Por lá, boas surpresas, como o Pllek, espaço múltiplo com restaurante, bar, área de eventos, palco para shows e, no verão, cinema open air. Tem dois andares e sua estrutura é toda construída a partir de containers. A parte da frente, envidraçada, permite apreciar a vista da cidade.

 

Adoro os restaurantes com áreas outdoor e o Café de Jaren é um dos meus favoritos, em uma rua tranquila do centro. No fundo do moderno salão de pé-direito alto está o terraço exclusivo, que dá para um pequeno canal. No cardápio, saladinhas, sanduíches, sopas e massas – e o café da manhã é fantástico!