
Arte: Felipe Rodrigues, com foto de Guilherme Nabhan, com direção criativa de Leticia Haag, styling de Marcell Maia e set design de Lucas Teixeira
Jordanna Maia é a convidada do episódio 30 do podcast “Garotas da Capa”, disponível nas plataformas de streaming. A paraense de 21 anos sempre aproveitou as oportunidades que apareciam em seu caminho. E foi assim que trancou a faculdade de Publicidade e o curso de Artes Cênicas para se dedicar aos conteúdos proprietários nas redes sociais.
“Priorizo aquilo que está funcionando no momento”, diz ela, que via em seus vídeos no TikTok – onde ficou conhecida por suas milimétricas e criativas transições – que havia uma oportunidade de crescimento. “A faculdade pode esperar, consigo fazer o processo seletivo de novo. Mas, talvez, não tivesse esse momento para fazer minha carreira (na internet)”. Preferiu tentar e a escolha tem dado resultado.
Ela vive um segundo semestre abundante: depois de lançar seu avatar digital, a Jords, e colaborar com uma marca de roupas, nossa capa de agosto celebra as mudanças e todas as etapas de sua vida ao trazer “mutação” como palavra-chave do ensaio que chegou às bancas no último mês: “esse é um ensaio bem especial para mim e vai marcar uma etapa”.
Com a cabeça lá na frente, sempre acompanhando as tendências, ela sabe o valor de chegar aonde está no panteão da internet. Para ela, não deixar as pessoas te rotularem porque nasceu em determinado lugar é um legado. “Posso chegar aonde quiser. Sempre tive uma frase, que quem me acompanha há muito tempo, conhece: não importa de onde vim, nem onde estou, mas onde eu quero chegar”, reforça.
Para ela, as raízes e o lugar de onde veio são inspiração não só para ela, mas para muita gente (afinal, no Instagram são mais de 500 mil seguidores e mais de um milhão no TikTok). “Tem muitos talentos no Norte, Nordeste e isso tem que ser valorizado”. Uma das coisas que ela quer se tornar é o futuro dessa nova geração de influenciadores, que vêm crescendo junto com a disseminação das plataformas de vídeo. “Espero ser uma boa influência e que consiga transmitir mensagens durante o meu processo de caminhada, não fazer só o post do look do dia”, crava. Jordanna diz que, finalmente, alcançou tudo o que desejava até aqui.
E se no passado teve de abdicar de algumas escolhas, tudo pode ser aproveitado em um futuro próspero. “Uma das coisas que gosto muito é de apresentar, eu tenho facilidade. Já tive algumas propostas, mas quem sabe mais lá na frente a gente veja o que o futuro vai trazer”, indaga.
Leia, a seguir, o quiz com perguntas-chave:
Harper’s Bazaar – Você participaria do Big Brother Brasil (BBB), da TV Globo?
Jordanna Maia – Sou muito calma e reservada para ir para o Big Brother. Vamos ver o que o futuro aguarda, mas acho que só se, realmente, partisse de uma estratégia de trabalho. Mas ir por aí, não é algo que combina comigo. Até porque as pessoas iriam me chamar de planta. Provavelmente, eu ia ver todas as confusões e ficaria bem quietinha.
Se pudesse mandar uma cápsula do tempo com uma mensagem para Jordanna de dez anos atrás, que estava começando na internet, qual seria a principal mensagem?
Só ia falar: continua. Se falasse mais coisa, acho que tiraria a surpresa. Não poderia falar para me cobrar menos, porque eu acho que foi a minha cobrança que me colocou aqui.
Você tem medo de envelhecer?
Não tenho medo nenhum em envelhecer. Não sinto que estou vivendo menos por eu fazer o que eu faço e da forma como faço. Pelo contrário, agradeço por ter essa mentalidade e pela forma como absorvi as informações. [Envelhecer] não deveria ser problema para as pessoas, a gente não deve ter medo do tempo passar. Acho que a gente deve ter medo do tempo passar e a gente continuar no mesmo lugar, sem evoluir.
Com a pandemia, você aprendeu alguma coisa na cozinha, da qual se orgulha?
Sei fazer uma coisa muito bem: pipoca. Só isso (gargalha).
E tem algum campeão no delivery de comida? Qual é a comida que você mais pede?
Acho que hambúrguer e pizza são as duas coisas que, com certeza, estão no topo da lista.
Você lembra qual foi o seu primeiro item de moda?
Lembro, foi uma minibolsinha da Gucci, que eu sou apaixonada pela coleção Dionysus deles. E foi a minha primeira bolsa de marca!
E tem alguma história engraçada pela conquista de algum item?
Da minha minibag Pink, da Balenciaga, que comprei sem pretensão nenhuma. Só comprei porque achei fofa. Quando postei na internet, simplesmente viralizou. E hoje sou conhecida como a rainha das minibags. Então, acho que seria essa história mais bizarra. Não foi com pretensão nenhuma, mas hoje virou uma marca registrada.
Queria que você escrevesse uma mensagem para você abrir no último dia do ano, como votos para 2023. O que estaria escrito nesse bilhete?
Olha, o que sempre falo, para mim, é: que esse tenha sido o melhor ano da minha vida e que o próximo seja o melhor ainda. Acho que é só isso!