Capa (Fotografia: Henrique Falci | Direção criativa: Pedro Moura | Direção de arte: Lucas Teixeira | Beleza: Ian Ribeiro | Produção: Regiane Silva e Tainá Castro | Ass. de arte: Thiago Antônio | Designer gráfico: Guile Farias)

Luedji Luna já havia presenteado os fãs este ano com um vinil de seu segundo álbum, o Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água, lançado em outubro de 2020. Agora, a cantora baiana apresenta uma versão deluxe com dez faixas inéditas de autoria própria – parceria com os compositores Marissol Mwaba, François Muleka e Ravi Landim, presentes em trabalhos anteriores da artista. Ela revela que um lado seu, desconhecido pelo público, vai ser descortinado com o trabalho. “As letras estão mais diretas, simples, menos alegóricas, metafóricas, ao contrário do que acontecia nos trabalhos anteriores”, resume.

O disco versa sobre o amor sob a perspectiva das mulheres negras. Por isso, convidou Aza Njeri, Day Rodrigues, Linn da Quebrada, Mayra Andrade, Nuna Nunes, Valdecir Nascimento Winnie Bueno  como participações especiais faladas. “O fato de me sentir mais madura e mais segura com relação a mim mesma, minha carreira, minhas escolhas, me fez ter coragem de mostrar essas canções que são novas para o público, mas já têm muita história”, conta Luedji à Bazaar. “Essas canções poderiam estar na versão original do disco, mas não entraram naquele momento, e, agora, vão ter uma versão deluxe somente para elas. Espécie de lado B”. Com relação ao jeito de cantar, segundo ela, uma necessidade que surgiu com a proposta estética do disco, que navega pelo neo-soul e R&B. Para ela, fazer arte é se arriscar. E tem sido assim desde o seu primeiro disco, Um Corpo no Mundo (2017), que a consagrou.

Imagem da contracapa (Foto: Henrique Falci)

A versão deluxe conta também com participações da cantora, produtora e compositora Mereba (Estados Unidos) na faixa Pele e do produtor e rapper americano Oddisee, que além de ter assinado a produção do recém-lançado single Nova Deli, que não faz parte desse lado B, também participa da track Sinais. Do Rio de Janeiro, a sensação do grime, a MC carioca Nina do Porte (aka N.I.N.A) se faz presente na faixa Metáfora, enquanto Yoùn está em Salto. Com produção executiva de Regiane Silva, todas as faixas foram produzidas por Kato Change, expoente do jazz africano contemporâneo, do carioca Theo Zagrae e Luedji Luna. O produtor musical John Key (baterista e produtor de Solange Knowless) aparece na faixa Pele.

Além das dez canções inéditas, o álbum vem com três remixes da primeira edição como bônus tracks: Manto da Noite (produzido por Theo Zagrae), Lençóis (Be-Atrz) e Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água (Sango).


DELUXE
Em Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água Deluxe, Luedji Luna flerta com neo-soul, R&B, além do jazz, presente nos seus trabalhos anteriores. O trabalho pretende dialogar com o mercado norte-americano e internacional. “Minha música, desde o primeiro disco, nasce com o intuito de dialogar com mundo”, afirma a cantora. Nessa internacionalização, a mixagem do álbum é do filipino Russell Elevado (Erykah Badu, Alicia Keys, Kamasi Washington D’angelo e Jay-Z) e a masterização do americano Mike Bozzi (Kendrick Lamar, Childish Gambino e Post Malone). Veja a tracklist:

1. O que é o amor? (feat. Linn da Quebrada, Mayra Andrade, Aza Ndjeri, Winnie Bueno)
2. Blue
3. Salto (feat. Yoùn).
4. Pele (feat. Mereba)
5. Tempos Artificiais
6. Enquanto Durmo
7. Corpo Tempestade
8. Metáfora (feat. N.I.N.A)
9. Sinais
10.3 Marias
11. Bom Mesmo É Estar Debaixo D’água (Sango remix)
12. Manto da Noite (Theo Zagrae remix)
13. Lençóis (Be-Atrz remix).