
Headliner do festival GRLS, Sandy inaugura nova etapa da carreira solo – Foto: Reprodução/Instagram/@sandyoficial
Com uma vida pública e sucesso estrondoso desde a infância, Sandy é um dos poucos nomes que conseguiram uma carreira longeva na música, conhecida por ser uma indústria que rejeita mulheres depois de uma certa idade. Com 40 anos recém-completados – e muito bem vividos -, ela inaugura uma fase mais confiante, madura e dona de sua própria história.
“Me sinto velha para ser jovem, definitivamente. Estou muito feliz, achando que é uma idade muito poderosa”, conta em entrevista exclusiva à Bazaar realizada no sábado (04.03), durante o festival GRLS, onde subiu ao palco para o primeiro show de festival de sua carreira solo. “Fazer 40 é diferente, dá um impacto. Quando eu fiz 30, fiquei levemente em crise.”
“Dá um medinho porque parece que a vida passa muito rápido e quando a gente vê já está com 40, chegando perto da metade da vida, mas é uma vida bem vivida, então tem essa comemoração também, de tudo que eu fiz até aqui. Me sinto dona da minha história, acho que isso é muito legal.”
Em uma nova etapa da carreira, ela define a sensação de maturidade. “É uma fase de saber mais quem eu sou, saber qual é meu caminho. A gente nunca sabe tudo 100% porque é uma construção. Eu me sinto bem encaminhada nessa minha construção.”
Cheia de brilho no olhar, Sandy diz ter encontrado felicidade nessa busca, em várias áreas, incluindo o trabalho, a relação com o público e a vida pessoal, e rejeita planos a longo prazo – apesar de querer viver até os cem anos. “Eu não faço planos para muito longo prazo, estou sempre planejando e fazendo, planejando e fazendo. Busco realizar o que está por aqui, e tenho realizado muitas coisas, então isso me deixa muito feliz.”
Prestigiando um festival que celebra as mulheres na música, Sandy acredita que o feminismo é uma “ferramenta poderosa de consciência para ser e estar no mundo”. “Feminismo é uma coisa que tem que estar na cabeça de todos os seres humanos, não só das mulheres”, diz. “ É só saber qual é o nosso lugar, que é onde a gente quiser estar.”