No universo infantil os mobiliários acabam tendo durabilidade menor. Afinal, as crianças crescem e acabam “perdendo” rapidamente as roupas, os sapatos e até mesmo os móveis do quarto. Para aumentar a vida útil dos projetos, os arquitetos passaram a buscar soluções funcionais, que se adaptam às diferentes necessidades e se adequam ao amadurecimento das crianças, garantindo um projeto mais versátil e sustentável. A arquiteta Juliana Mancini, do escritório MiniNoma, trouxe algumas das vantagens e desvantagens de se investir no mobiliário evolutivo, como é conhecido. E os cuidados que os pais devem ter ao optar pelo uso dessas peças.

Projeto de decoração feito para acompanhar o crescimento da criança

Dá, por exemplo, para apostar numa escrivaninha que permite aumentar a altura para garantir mais ergonomia durante o crescimento da criança ou num berço que vira cama. Sem dúvidas, a maior vantagem é a flexibilidade das peças. “Mas é legal lembrar que os modelos mais bacanas e resistentes têm valor agregado maior. Assim, o investimento inicial será mais alto, mas por ter grande durabilidade, valerá a pena a longo prazo”, explica a arquiteta. Ou seja, é preciso pensar na lógica de comprar uma peça funcional e realmente atemporal não só o conceito de evoluir, mas de resistir.

Outro detalhe a ser considerado é em relação ao meio ambiente. “O mobiliário que dura mais tempo e se adapta melhor às diferentes fases da criança gera menos consumo e menos resíduos. Também é importante ressaltar a familiaridade e a confiança que a criança passa a ter com itens longevos, o que impacta em sua autonomia.”

Feito sob medida, o armário trouxe o cabideiro na altura da criança para trazer mais independência. A ideia é que no futuro o espaço seja fechado com portas para servir como calceiro. Outra dica é usar as gavetas externas, que garantem funcionalidade desde cedo