Silvia Pfeifer usa look André Betio e acessórios Struktura – Foto: Bob Wolfenson, com styling Bruno Uchôa, beauty Mika Safro, produção de moda Laura Cavalcante, produção executiva Zuca Hub, retoque Thiago Auge, set design: Lucas Teixeira, assistentes de foto: Flávia Faustino e Ana Tonezzer, assistentes de beauty Carolina Felicio e Beatriz Helenna, assistente de set design: Bernardo Santos, manicure: Rose Lunna e locação Studio Pier 88

Silvia Pfeifer já clicou para Jean Paul Gaultier nos idos de 1980, quando era modelo. No dia deste ensaio, resgatou uma foto ao lado do designer nas redes sociais. Moda e beleza, para a atriz, estão na base da autoestima. Silvia acredita que usar uma roupa legal, um bom perfume e, principalmente, estar em boa companhia são ingredientes importantes para dar um boost no autoamor. “Porque o resto começa a ficar muito pequeno”, diz.

Ela é daquelas pessoas que valorizam o afeto nas relações, se importam com o outro e criam conexões de respeito mútuo. “Nossas conquistas pessoais, amores, filhos e tal. Se você não cuidar, é como se não valesse a pena”. Aos 65 anos, retornou às passarelas no ano passado, na runway do SPFW, durante o desfile da Neriage. Não estava a fim só de cruzar o front row. Queria reencontrar aquela atmosfera de backstage, cheio de pressão, como a de décadas atrás.

Empolgou-se tanto com o frio na barriga que repetiu o feito com Rober Dognani e The Paradise, além de encerrar a apresentação de Lino Villaventura, na semana de moda de São Paulo, em maio. Gosta de brincar na passarela. “Não que não leve a sério, mas tem outra persona ali.” Distante das telinhas desde “Topíssima” (Record), e da reprise de “O Rei do Gado” (Globo) este ano, quer voltar a fazer televisão.

Houve consultas sobre disponibilidade de agenda, mas voltaram atrás – pasmem! – por conta da idade. “Aconteceu com uma plataforma de streaming e uma novela. Baixaram a faixa etária dos personagens. Não sei se é verdade, mas é uma pena. Estou com 65 anos, e bem.” E em busca de um texto de teatro. Sem detalhes, quer algo que a represente. Isso não significa que esteja parada. De casa, grava seu programa de poesias para uma rádio. Do blues ao jazz e soul, mescla música e textos recitados por ela. “Entro no meu closet, sento em um banquinho e gravo no iPhone”, diverte-se.

Comprometida e dedicada, foi assim quando se arriscou como modelo ao deixar Porto Alegre e, depois, quando estreou na TV. “É preciso apreciar as conquistas, não desistir e continuar tentando, porque ainda tem um bom caminho pela frente.”