“Fracción con elementos geométricos”, de Juan Del Prete, datado de 1949 (Foto: Malba/Divulgação)

Explore o cenário artístico de São Paulo neste fim de semana com nove exposições imperdíveis, algumas abrindo, outras podendo ver pela última vez. Do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC USP) ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), descubra obras fascinantes de artistas contemporâneos e clássicos. De pinturas a esculturas, as exposições oferecem uma variedade de estilos, desde abstrato até figurativo. Mergulhe na vida e obra de artistas brasileiros e internacionais, aprecie a cultura indígena pelo mundo e explore a diversidade cultural afro-brasileira, a partir de uma curadoria focada neste mergulho. Scroll!

1. Lugar-comum, no Museu de Arte Contemporânea (MAC USP)
Concebida como um work in progress, proporciona uma nova leitura do acervo, explorando a curadoria como um processo compartilhado. Contrapondo a ideia convencional de lugar-comum como algo banal, a mostra questiona a autoridade curatorial, a relação entre arte e vida cotidiana, e busca renovar o acervo institucional por meio de novas interpretações originadas de diálogos diversos. Em cartaz até 17 de dezembro de 2023. :: mac.usp.br

Obra “Equação”, de Marcelo Zocchio (Foto: Divulgação)

2. Yente – Del Prete. Vida Venturosa, no Instituto Tomie Ohtake
O Instituto Tomie Ohtake encerra 2023 com esta exposição, reforçando sua parceria com o Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires Malba (MALBA) de Buenos Aires. A mostra aponta a sinergia do casal argentino Yente e Juan Del Prete, revelando mais de 150 obras, incluindo pinturas, esculturas e livros. Ao longo de mais de 50 anos, compartilharam não apenas a vida, mas também ideias sobre arte, transitando entre figuração e abstração. Dividida em dois núcleos, explora as trajetórias individuais e experimentações do casal, abrangendo décadas de produção. Em cartaz até 18 de fevereiro de 2024. :: institutotomieohtake.org.br

Juan Del Prete e Yente (Fototeca Espigas)

3. sinfonia das cores, de Sonia Gomes, na Pinacoteca
Instalação inédita para o Projeto Octógono Arte Contemporânea, da Pinacoteca Luz. A artista desafia-se a criar uma obra em escala maior, mantendo a qualidade artesanal. São 34 cordões, formando uma sinfonia visual reflexiva sobre a interação de seu corpo com tecidos. Sonia gosta de trabalhar com tecidos, linhas e objetos, incorporando elementos da cultura afro-brasileira. A experiência no Octógono é ampliada pela trilha sonora de Prelúdio Nº 4 para violão de Heitor Villa-Lobos, interpretado por Plínio Fernandes. Até 28 de janeiro de 2024. :: pinacoteca.org.br

Octógono da Pinacoteca de São Paulo (Foto: Divulgação)

4. Hiper-realismo no Brasil, de Giovani Caramello, na CAIXA Cultural São Paulo
A mostra revela esculturas em silicone e bronze, que transcendem a expressão artística convencional. O artista explora técnicas diversas, como cerâmica e resina, destacando-se por uma abordagem hiper-realista e monocromática em sua nova fase. Com curadoria de Ícaro Ferraz Vidal Júnior, a expo convida o espectador a refletir sobre a fragilidade humana e a efemeridade da vida. Até 18 de fevereiro de 2024. :: caixacultural.gov.br

Giovani Caramello e suas criaturas fantásticas (Foto: Divulgação)

5. História Indígenas, no MASP
Em parceria com o Kode Bergen Art Museum, mostra perspectivas sobre as histórias indígenas nas Américas, Oceania e Escandinávia, com curadoria de artistas e pesquisadores indígenas. Com oito núcleos, proporciona um olhar transversal, explorando narrativas ficcionais e não-ficcionais. Entre os curadores, Abraham Cruzvillegas, Alexandra Kahsenni:io Nahwegahbow, Bruce Johnson-McLean, Edson Kayapó, Irene Snarby, Nigel Borell, Sandra Gamarra, sob coordenação de Adriano Pedrosa e Guilherme Giufrida. Até 25 de fevereiro de 2024. :: masp.org.br

Duhigó, Nepu Arquepu [Rede Macaco], 2019; doação Fábio Ulhoa Coelho e Mônica Andrigo Moreira de Ulhoa Coelho, 2021 (Foto: Divulgação)

6. Mãos: 35 anos da Mão Afro-Brasileira, no MAM de São Paulo
A exposição “Mãos: 35 anos da Mão Afro-Brasileira” celebra a diversidade cultural afro-brasileira, revisitando o centenário da Abolição da Escravidão em 1988. Resultado da luta por igualdade, a mostra destaca a importância de Emanoel Araujo, criador do Museu Afro Brasil. A exposição reaviva o debate sobre representatividade nos acervos, refletindo sobre os avanços e desafios em relação ao racismo estrutural. Até 3 de março de 2024. :: mam.org.br

Sérgio Adriano H – “História do Brasil Civilizados Branco sobre Branco”, da Galeria Choque Cultural (Foto: Renato Parada)

7. Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira, no CCBB São Paulo
Apresenta cerca de 150 obras de 61 artistas negros, abrangendo dois séculos de produção no Brasil. Dividida em cinco eixos, reúne figuras como Arthur Timótheo da Costa e Maria Auxiliadora, revelando temas políticos, espirituais e cotidianos. A iniciativa é derivada do Projeto Afro, mapeando artistas negros e desafiando a marginalização histórica. Busca promover diálogos abrangentes sobre a produção artística afro-brasileira. Em cartaz até 18 de março de 2024. :: ccbb.com.br

Silvana Mendes (Foto: Divulgação)

8. O Mergulho, de Renata Adler, no Farol Santander
A instalação O Mergulho, de Renata Adler destaca o movimento, integração com a natureza, transformação e sincronicidade. A instalação imersiva convida o público a explorar uma floresta de camaleões, com mais de 250 esculturas e 30 aquários. Renata utiliza a madeira em suas obras, simbolizando adaptação e transmutação. A exposição reflete sobre movimento, mudança e integração, proporcionando uma experiência imersiva. Até 29 de abril de 2023 :: farolsantander.com.br

Instalação O Mergulho, de Renata Adler (Foto: Ignacio Farina)

9. Coleção de objetos e tecidos de arte popular, na
Casa de Vidro
O Instituto Bardi inaugura exposição permanente da coleção de arte popular e tecidos de Lina Bo e P. M. Bardi. Com centenas de objetos, ferramentas e cerâmicas, reflete o apreço do casal pela expressão artística do povo brasileiro. Os arquitetos Marcelo Ferraz e André Vainer transformaram os espaços, com objetos que passaram por outras exposições, visando conservar e expor a rica coleção – antes guardada nos armários da Casa. :: institutobardi.org.br

Foto: Marina Lima