
O que vimos, ouvimos e lemos em 2023 pela redação da Harper’s Bazaar Brasil | Foto: Bazaar
De livros que foram lidos rapidamente a músicas que não saíram das nossas playlists, nossa redação mergulhou nas escolhas culturais que definiram o ano de 2023. Reunimos nossos best sellers, que moldaram nossos gostos, tendências e influências neste cenário criativo. Veja abaixo a retrospectiva envolvente com as escolhas culturais da equipe da Harper’s Bazaar Brasil:
Música do ano
Anna Paula Buchalla – Editora Chefe: Chemical, do Post Malone
André Aloi – Editor de Cultura: Vou deixar meu Wrapped do Spotify de lado e escolher “Water”, da Tyla. Para ser música do ano, não basta ser onipresente, precisa virar trend nas redes sociais E essa entregou tudo! Catapultou a cantora sul-africana para uma apresentação no Jimmy Fallon, por exemplo.
Guilherme de Beauharnais – Editor de Moda: “Enfant de”, do belga Gen-Z Pierre de Maere, me faz lembrar o porquê de adorar tanto ficar de olho nas novidades, ao invés de repetir os clássicos de sempre. Acho que não o único, porque até escutei dentro da Chanel!
Marcela Palhão – Editora Online: Nenhuma música me representa tanto quanto “Running Out of Time”, do Paramore. A canção que fala sobre estarmos sempre correndo e sem tempo tem uma batida gostosa, ao mesmo tempo em que faz refletir sobre como as horas se tornaram a moeda mais valiosa e o quanto passamos pelas funções do dia sem estar 100% no momento.
Baárbara Martinez – Repórter: Impossível escolher uma só. Os discos que não saíram do meu ano são: ‘AudioLust & HigherLove’, do SG Lewis, ‘O Amor, o Perdão e a Tecnologia Irão nos Levar para Outro Planeta, do FBC e “Mañana Será Bonito”, da Karol G.
Livro do ano
Anna Paula Buchalla – Editora Chefe: A Mais Recôndita Memória dos Homens, do Mohamed Mbougar Sarr.
André Aloi – Editor de Cultura: Poderia dizer uma infinidade de livros cult. Mas como bom apreciador da Cultura pop, não tem como não dar o destaque merecido para a infeliz história da princesa do Pop, Britney Spears, com a sua autobiografia A Mulher em Mim. Com ele, também me descobri um leitor de ouvidor. Porque, além de fazer a leitura, acompanhei com o audiobook em português.
Guilherme de Beauharnais – Editor de Moda: Com muito motivo, foi a reunião das obras do artista goiano Siron Franco no primeiro lançamento da recém-relançada Cosac – o retorno mais que aguardado de Charles Cosac para o mercado editorial.
Filme do ano
Anna Paula Buchalla – Editora Chefe: Killers of the Flower Moon, do Martin Scorsese.
André Aloi – Editor de Cultura: Retratos Urbanos, de Kleber Mendonça Filho. Não é só um filme emotivo sobre a cultura do cinema de rua, mas, também, foi o escolhido para representar o Brasil no Oscar 2024.
Guilherme de Beauharnais – Editor de Moda: Meu Nome é Gal; Sophie Charlotte, nossa capa de março, vestiu a camisa da tropicália para representar toda a luminosidade.
Marcela Palhão – Editora Online: Todos que não responderam “Barbie” estão completamente enganados. A magnitude da cenografia, a trilha sonora (Billie Eilish merece seu segundo Oscar), as referências impecáveis de Greta Gerwig, a cena da música do Ken, a atuação de Ryan Gosling (que se despiu de qualquer vaidade e mergulhou na estupidez do homem hétero), o humor ácido ao falar de patriarcado, a lista é longa. Com todas as críticas pertinentes à boneca e ao filme em si, ainda assim é uma delícia mergulhar na nostalgia de brincar com Barbie – a primeira com Margot Robbie podia ter sido criada na sala da minha casa – é deliciosa.
Baárbara Martinez – Repórter: Impossível não escolher “Oppenheimer”, uma verdadeira aula de cinema do Christopher Nolan.
Série do ano
Anna Paula Buchalla – Editora Chefe: Vale documentário? Escolho “Beckham”.
André Aloi – Editor de Cultura: “Extrapolations – Um Futuro Inquietante”, disponível no Apple TV+. Cada episódio se passa a cada 10 anos e nos faz pensar como será o mundo com o avanço das tecnologias acompanhado das mudanças climáticas.
Marcela Palhão – Editora Online: Quem ainda não assistiu “Beef”, da Netflix, está perdendo tempo. A reflexão sobre a raiva – tanto sobre as picuinhas que nos adoecem no dia a dia, quanto a análise sobre o quanto dela deveríamos externar – é abordada em um roteiro inteligentíssimo. Com elenco, roteiristas e diretores majoritariamente formados por profissionais orientais, a série ajuda a entender a relação de diferentes culturas com o relacionamento com os pais e a busca por sucesso profissional. O último episódio é um dos melhores momentos dos streamings nos últimos anos.
Baárbara Martinez – Repórter: Poderia citar “The Bear”, a série argentina “Nada”, “The Marvelous Mrs. Maisel” e “Physical”, mas 2023 teve a temporada final e espetacular de “Succession”. Inclusive, saudade da rinha de rico.