| Foto: Reprodução / Instagram @haileybieber

Enquanto a agenda de eventos, encontros e atividades segue insana, um novo comportamento na sociedade vem chamando a atenção. Após a febre do FOMO (sigla para fear of missing out, em português algo como “medo de estar perdendo”), surge uma nova sigla que possui uma a atitude libertadora de se permitir dizer “não” quando todos dizem “sim”: o JOMO (joy of missing out, ou “o prazer de perder”). Férias com amigos? Carnaval em outra cidade? Encontro com um grupo? Balada tarde da noite? “Não, muito obrigada”.

Após o fim da pandemia, no qual as agendas ficaram agitadíssimas com tantos compromissos, o novo comportamento de lifestyle prioriza a alegria de perder algo, respeitar os próprios desejos, sem culpas e sem a tendência de fazer algo só para se inserir ou realizar o desejo de outra pessoa. “A vantagem de você fazer realmente aquilo que quer, e não o que as pessoas esperam, significa uma fortaleza emocional já definida, uma pessoa trabalhada com a sua autoestima”, afirma o psicólogo Alexander Bez, que cita maturidade emocional e psicológica neste processo. A partir deste comportamento, você afasta a neurose, relacionamentos tóxicos e agressivos. “Você vai falar não para as pessoas que te fazem mal e vai saber mais cuidar de você em primeiro lugar. Ao mesmo tempo, você afasta a ansiedade e a depressão, que são as doenças mais comuns decorrentes dessas situações”, comenta o médico.

O JOMO inclui dispensar algumas “imposições obrigatórias”, como assistir o filme da moda, o show/festival que todos querem ir, o livro sensação do ano, viajar para o destino da vez. Um comportamento que ajuda neste processo é não possuir dependências tecnológicas, tão comuns nos dias de hoje. Tirar as notificações do Instagram, dispensar atualizar o X e não viver para checar imediatamente novas mensagens do WhatsApp.

De acordo com o profissional, a chave é equilibrar o uso das redes. Segundo ele, o ideal é balancear entre 70% mundo do presencial e 30% do virtual. “A solução não é expor tudo da sua vida nas redes sociais. Para isso existem psicólogos e psicoterapeutas, justamente para que essas pessoas possam, através de profissionais habilitados, ter as suas soluções ali providenciadas”, opina Alexander. E você, já escolheu os seus “nãos” para esse ano?