
Nardos
Por Patrícia Favalle
Diminuíram o tamanho dos vestidos – e a tendência dos curtinhos veio mesmo para ficar. Depois de ensaiar algumas temporadas com comprimentos acima dos joelhos, desta vez parece que o frescor e a contemporaneidade dos modelitos colaram geral. A atriz Larissa Manoela, que se casou no fim de 2023, foi uma das celebridades que adotaram o visual já usado por Audrey Hepburn, em 1969, e por Lily Allen algumas décadas à frente.
Confortáveis, leves e adaptadas ao clima quente dos trópicos, as peças seguem o viés tradicional do branco padrão, mas com medidas que fariam Mary Quant – a inventora da minissaia – ficar orgulhosa. Nas coleções de marcas amadas no circuito bridal, sobraram opções desenhadas em versões menos pudicas, a exemplo da roupa de Nardos Design, que resgata o caimento balonê com pitadas de romantismo, e do vestido assinado pelo nova-iorquino Mark Ingram, que manteve a silhueta de baile bem mais recortada e com drapeados sutis.
A estilista colombiana Francesca Miranda optou por criar um traje com corpo minimalista e saia contornada por bordados em 3-D. Já a label hispânica Sophie et Voilà, que carrega ginga parisiense e energia racional, preferiu desfilar linhas descomplicadas acompanhadas pela sensualidade do (imbatível) par de luvas – que parecem ter sido idealizadas de olho nas ex-tops Twiggy e Jean Shrimpton. Quem seguiu por caminho similar foi o ateliê Soucy, que aderiu ao formato arredondado na parte inferior – e ainda salpicou bolsos para arrasar no quesito funcionalidade. Que noiva já não sonhou com isso?
Peter Langner, que tece as suas criações diretamente de Milão, na Itália, assim como a filipina radicada na Califórnia, Monique Lhuillier, e Stephanie White, designer no comando da Odyline The Ceremony escolheram trabalhar com enredos dramáticos e ultrafemininos, valendo-se de tecidos elegantes e de um certo lirismo nos arremates. Ao que tudo indica, a trend vanguardista, amplificada nas fashion weeks de Barcelona e de Nova York, vai dar o que falar nos próximos casamentos do ano. É ficar ligado e acompanhar de perto o empoderamento feminino subir ao altar.