
Louis Vuitton, primavera-verão 2025 (Foto: Divulgação)
Se a Louis Vuitton (fake ou não) já entrou para o repertório de todo mundo (fashionista ou aspirante), existe justificativa. Na cena desde 1854 – é bem verdade que só entrou “na moda” em 1998, quando Marc Jacobs estreou as passarelas –, a maison atravessou gerações com um legado de viagens. E que viagem! Já são mais de 10 anos que Nicolas Ghesquière assumiu a direção criativa e, ainda que as comemorações tenham acontecido em fevereiro, a festa mesmo parece estar apenas começando.
Tradicionalmente, é a ‘LV’ quem fecha o calendário parisiense, sempre com centenas de convidados que deixam de lado a fatiga para se apinharem em cenários memoráveis no Louvre. Nicolas, afinal, é também um aficionado por design e arquitetura, temas comuns em seu repertório de coleções e que, dessa vez, foram espremidos à última gota ao lado da história centenária da casa. Vejam a cena: mil baús icônicos encaixados como em um quebra-cabeça colorido que serviu de passarela para cinquenta looks dos mais diferentes tipos.
Listras, em todas as direções, ganharam destaque na temporada em que o designer não economizou nas referências. Tweeds, tules bordados, bermudas esportivas e sapatos sociais transformados em sandálias horrorosas (vão ser sucesso de vendas) são boa parte do ‘look Vuitton’ da vez, cuja inspiração nasce da brincadeira entre a fluidez que a estação pede e a rigidez escultural da alfaiataria, paixão de Ghesquière. Tudo é meio arte, com pinceladas bruscas de moda – e se ainda resta alguma dúvida, cinco obras do artista Laurent Grasso foram transformadas em visuais prontos para ir à galeria… Lafayette, claro!