Desde que assumiu a direção criativa da Diesel e o importante papel de ampliar a marca, Glenn Martens escolheu o caminho da provocação. A lista de inovações e peculiaridades é grande (de um cenário composto por mais de 200 mil camisinhas a transformar a passarela em palco de rave) e o resultado é positivo. Martens conseguiu o que muitas marcas almejam e nem sempre alcançam: conquistar a Gen Z.
Agora, às vésperas de assumir o cargo ocupado por John Galliano na Maison Margiela, a marca retorna às passarelas, desta vez, para provocar códigos centenários da moda. Com o jeans como protagonista, a Diesel tira o pied poule, as ancas, o corset e o tweed da história fashion para criar um novo equilíbrio entre o ready-to-wear e o street style.
A atitude ainda está ali, mas a informação de moda também. Afinal, não é nada fácil criar a ilusão de ótica dos tops que encerram o desfile ou deixar o tweed com cara de desgastado e transparente. São as construções mais clássicas que permitem a coleção a transitar entre as festas frequentadas por Julia Fox e a mesa onde sentam as amantes de Miu Miu.
É fácil identificar o que vai da passarela direto para as ruas: a brincadeira com os comprimentos. Enquanto as barras sobem, em minissaias que pedem leggings para não revelar demais, os cós descem. As cinturas são tão baixas que, diversas vezes, quase chegam aos joelhos. Aqui, a sobreposição é necessária para manter um pouco de pele guardada. O resultado é fresh e desejável – até mesmo quando invade as polêmicas calças skinny.
Com um cenário criado por artistas de todo o mundo, a curiosidade só aumenta: o que Martens vai aprontar na Margiela? Na galeria, veja mais looks que se destacaram na coleção: