Foto: Paula Curi

Um relacionamento que teve a gastronomia como ponto de partida não podia ter desfecho melhor que uma grande festa, com gastronomia e coquetelaria como destaque. Luiza e Danilo se conheceram na faculdade de medicina, mas foram as conversas sobre restaurantes em São Paulo que os uniram. A celebração dessa trajetória foi feita em três tempos e, no relato abaixo, os noivos contam todos os detalhes e compartilham o álbum de fotos da festa e da cerimônia que aconteceram em Belo Horizonte.

Contem um pouco sobre a história do casal: como se conheceram? Como foi o pedido de casamento?

Nos conhecemos em 2014, na faculdade de Medicina da UFMG, em Belo Horizonte, porque éramos da mesma turma. Mas nunca chegamos a ter algum envolvimento romântico ou, ao menos, uma amizade. Eu (Luiza) sabia que o Danilo gostava de gastronomia e, às vezes, trocávamos uns directs sobre restaurantes, receitas e viagens. Depois que nos formamos, o Danilo logo se mudou para SP para fazer residência na USP, e eu vim passar um fim de semana em São Paulo. Vi que o Danilo tinha ido comer no Maní, da chef Helena Rizzo, fiquei curiosa e respondi o story perguntando se era bom. Recebi de resposta: “Sim, me dá ideia quando voltar que vamos juntos!”. Uma semana depois eu voltei, e dessa vez para morar. Chamei ele no direct e fomos almoçar juntos. De lá, nunca mais desgrudamos.

O pedido de casamento refletiu o olhar cuidadoso e atento aos detalhes do meu marido. Por mais que a gente tenha feito várias viagens grandes pelo mundo, como Maldivas, Japão, México e Bali, o Danilo quis relembrar nossa primeira viagem para o pedido.
Fomos para Ilhabela passear de veleiro e ficamos numa casa supergostosa no nosso primeiro mês de namoro. E foi nessa mesma casa que ele me pediu em casamento, quatro anos depois, ao som de Taylor Swift, que ele sabe que eu amo. Foi mais do que especial.

Vocês celebraram o casamento mais de uma vez. O que motivou essa decisão?

O Danilo é de Brasília, eu de Belo Horizonte e nós moramos em São Paulo. Quando começamos a pensar no casamento, a festa ser em BH já era o nosso plano principal. Mas a gente não queria juntar, em uma semana só, o civil, o religioso e a festa. Achamos que seria muito cansativo para os convidados e familiares. Então resolvemos separar tudo e fazer três comemorações. De início, o civil e o religioso seriam só um almoço para a família, mas minha querida sogra é muito religiosa e pediu para fazer uma festa após a celebração na igreja católica.

Em retrospectiva, deu bastante trabalho organizar três eventos, achar três vestidos, mas nosso ano todo foi pautado em nossas comemorações, e eu vou lembrar pro resto da vida.

Como foi o processo de organização dos eventos? Tinham um conceito em mente? O que destacariam?

O civil foi apenas um almoço para a família e o religioso uma comemoração feita pela minha sogra. Então a festa era nosso momento de organizar tudo e deixar com a nossa cara. Eu e o Danilo somos muito animados, amamos dançar e não poderia ser diferente no casamento. Não tínhamos um conceito em si, mas queríamos que todos os nossos convidados se divertissem, comessem e bebessem bem.
Nossas prioridades, então, foram: a música, a bebida e a comida.

Para a grande festa, quais foram os principais fornecedores? O que acreditam ter sido o ponto alto do dia?

Não existe uma festa boa, organizada, sem uma boa assessoria de casamentos. A nossa foi essencial porque fechamos nosso casamento inteiro online. Eu e o Danilo só fizemos degustações para decidir os cardápios. Nenhum fornecedor foi testado antes da assinatura do contrato. Vocês têm ideia disso?

A Ana Géo, da Assim Eventos, entendeu nossas prioridades no casamento, nosso orçamento e nossa agenda caótica e embarcou com a gente na organização. Não teríamos um décimo da festa que fizemos sem ela.

Como a gente contou, o bar era uma grande prioridade da festa. O Danilo é apaixonado por coquetelaria e fazia questão de drinks clássicos, bem executados, e bar sem fila. Quando encontramos a Romero Coquetéis, não tivemos dúvidas, e, após nossa degustação para decidir o cardápio, ficamos ainda mais encantados com o serviço deles. Eles fizeram um cardápio com sete drinks clássicos e um autoral escolhido pela Lu, e foi tudo um sucesso. Para completar o serviço impecável, os donos da Romero, Eide e Romero, no dia anterior viram na identidade visual um laço nas taças e colocaram, à mão, um por um, um laço verde de veludo em cada taça do drink autoral. Chiquíssimo.

Além do bar e da assessoria, uma boa festa precisa de uma decoração à altura, e a Carol, da Amarte Eventos, soube ler nossos gostos mesmo sem ter recebido uma foto de referência (ai gente, desculpa, nós não fomos o casal com mil pastas salvas no Pinterest). E entregou uma decoração linda, moderna, mas ao mesmo tempo clássica, que nós dois amamos.

Pontos altos, além dos já citados, vão para a animação da festa feita pelo DJ André Mayrink e pela banda. Nossa equipe de filmagem, a Cine Movie Prod, foi de São Paulo até BH só para a cobertura do evento, e vocês não estão preparados para o resultado.

E não tem como falar de casamento sem falar do vestido da Lu, feito pela M Daura Atelier, com um laço preto lindo, moderno, que a deixou uma princesa.

Gastronomia é um tema muito presente no conteúdo de vocês. Como foi o processo de definição do menu? E das comidinhas extras (tacos, sorvetes)?

Pensamos num menu que, primeiramente, fosse agradar nossos 220 convidados. A resposta veio rápido: comida italiana, mesa de frios com tudo que tem direito e volantes variados. Mas queríamos que a festa também tivesse a nossa cara e que nossos convidados pudessem aproveitar e experimentar comidas que nós dois amamos. Aí surgiu a ideia do Los Dos Tacos, um restaurante de comida mexicana em São Paulo que amamos há muito tempo e que oferece esse tipo de serviço para festas e eventos. Foi o sucesso da festa.

A Lu é muito formiguinha e apaixonada por doce. Decidimos fazer uma mesa de tortas e bolos e docinhos clássicos com uma confeitaria de Belo Horizonte chamada Água na Boca e servimos também sorvetes da Pinguina Sorveteria, de São Paulo. Escolhemos apenas sabores diferentes, como laranja com honeycomb, macadâmia e caramelo, maracujá e cardamomo e paçoca com doce de leite. Os 400 potes de sorvete acabaram, e nós recebemos inúmeros elogios pelas escolhas das comidas.

Luiza, conte sobre a decisão de fazer a própria maquiagem. Quais foram as principais referências e desafios nesse processo?

Essa foi a escolha mais fácil de todo o casamento, acredita?
Eu faço minha própria maquiagem desde que tinha uns 13 anos, e a última vez que fui maquiada por algum profissional foi em 2008. Então, para mim, não faria sentido, no dia mais especial da minha vida, alguém me maquiar.
E vou contar para vocês: eu estava tão tranquila, tão feliz me arrumando, que maquiador nenhum no mundo, maquiagem impecável nenhuma me faria voltar atrás da decisão.
Minhas referências foram de noivas mais clássicas, mas, no dia mesmo, fiz o que deu na minha cabeça e acho que funcionou bem. Meu maior desafio foi selecionar, dentro de tudo que tenho, os melhores produtos para a maquiagem. Mas, no fim, foi incrível, tenho fotos lindas desse momento e vou poder falar sempre que eu mesma me maquiei para o meu casamento.

E a lua de mel: onde será?

Mantivemos segredo até agora sobre a lua de mel, mas não encontramos momento melhor para contar do que nesta entrevista incrível para a Bazaar Noiva.
Foi uma decisão muito difícil, já que nós dois amamos viajar e tínhamos vários destinos como opção. Mas, no fim das contas, a gente queria mergulhar, comer bem e passear. Então nossa lua de mel é dividida em duas fases: primeiro vamos passar nove dias mergulhando em Bali e, depois, onze dias passeando pelo Japão.