A estreia com Juliana dos Santos simboliza o espírito desse encontro: unir tradição e inovação, moda e arte, memória e futuro — sempre com a potência transformadora das mulheres no centro da narrativa – Foto: Reprodução/Instagram Juliana dos Santos

A CHANEL tem uma longa trajetória de incentivo às artes, em especial no fortalecimento de vozes femininas que desafiam padrões e expandem fronteiras criativas. Essa vocação, presente desde a história de Gabrielle Chanel, ganha um novo capítulo no Brasil: em parceria com a Pinacoteca de São Paulo, o CHANEL Culture Fund apresenta uma residência anual voltada exclusivamente para mulheres artistas.

O projeto inaugura-se com a participação de Juliana dos Santos, artista visual paulistana que se destaca por uma pesquisa singular sobre pigmentos naturais. Sua exposição Temporã, que abre em 23 de agosto na Galeria Praça da Pina Contemporânea, é sua primeira individual em uma instituição.

Na mostra, Juliana parte do azul obtido da flor Clitoria ternatea — um pigmento que muda com o tempo, refletindo impermanência e transformação — e expande sua investigação para outras tonalidades extraídas de elementos como a catuaba, a erva-mate e o pau-brasil. O resultado são pinturas fluidas, intensas e sensoriais, que convidam o público a perceber a cor como experiência viva.

“Cada obra carrega em si uma performance silenciosa: os pigmentos se alteram diante dos olhos, correndo como rios que encontram seu caminho no tempo”, observa a curadora Lorraine Mendes.

Mais do que uma mostra, a residência é uma plataforma de estímulo criativo. Todos os anos, uma nova artista será selecionada para viver esse processo de pesquisa e exibição, recebendo mentoria especializada por meio da rede CHANEL Art Partners e espaço para apresentar sua produção na Pinacoteca.