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Mino Carta, jornalista que atravessou décadas e deixou marcas profundas na imprensa brasileira, morreu nesta terça-feira (2), aos 91 anos, em São Paulo.
Nascido em Gênova, em uma família de jornalistas perseguidos pelo fascismo, chegou ao Brasil após a Segunda Guerra. Aqui, ainda adolescente, descobriu que escrever seria mais do que um ofício: seria a forma de interpretar a realidade. Essa decisão marcou o início de uma trajetória profundamente ligada à própria história do jornalismo brasileiro e de algumas das revistas mais emblemáticas do país. Jornalista, fundador e diretor de redação da CartaCapital, esteve por trás da criação das revistas Quatro Rodas, Veja, IstoÉ e, em 1994, da CartaCapital. Também liderou a equipe responsável pelo lançamento do Jornal da Tarde, em 1966.
Com sua inseparável Olivetti sobre a mesa, rejeitava modismos tecnológicos e cultivava uma escrita precisa, sempre atenta às contradições do poder.
Mino Carta foi um espírito crítico — um jornalista que fez da palavra não apenas um instrumento de trabalho, mas também um ato de resistência