Ingrid Silva e Jon Batiste – Foto: Rodolfo Sanches Carvalho

Ingrid Silva, bailarina principal do Dance Theatre of Harlem, escritora, coreógrafa e referência internacional na dança clássica e no ativismo, é a responsável pela abertura do Goalkeepers 2025, evento anual da Fundação Gates, criado por Bill e Melinda Gates. A apresentação acontece em Nova York, nesta segunda-feira (22.09), e marca um encontro inédito entre a artista e o pianista e cantor multi-Grammy Jon Batiste.

O solo coreográfico especial de Ingrid foi concebido para refletir o tema deste ano: celebrar conquistas já alcançadas sem perder de vista a urgência de ações completas em prol da humanidade. O espetáculo promete provocar reflexão e inspirar a plateia a imaginar um mundo mais inclusivo, mostrando o que é possível realizar quando não se aceita parar no “quase”.

“Tive a oportunidade de criar um solo coreográfico especial para o Goalkeepers, em colaboração com o extraordinário pianista Jon Batiste. Esse processo nasceu do desejo de transformar em movimento aquilo que sentimos de dentro para fora, emoções que se expandem, se conectam e alcançam o outro”, conta Ingrid.

Para a bailarina, a apresentação é também um instrumento de impacto social. “A abertura do evento é um convite à esperança, um olhar para um futuro possível e melhor para o mundo. Busquei traduzir isso na dança: momentos dinâmicos, cheios de energia, que trazem intensidade, mas também delicadeza, como um sopro de renovação. Subir neste palco não é apenas sobre a arte. É sobre inspirar meninas e meninos a acreditarem que seus sonhos também têm espaço no mundo. Performar ao lado de Jon Batiste é um privilégio. A música dele fala direto à alma, e quando se encontra com a dança, cria um diálogo poderoso, um convite para todos nós imaginarmos futuros mais justos e inclusivos”, completa.

O público do Goalkeepers 2025 reúne cerca de mil pessoas de diferentes países, incluindo líderes governamentais, filantropos, artistas, ativistas e representantes da mídia. A programação destaca soluções e inovações voltadas à saúde infantil, ao empoderamento feminino e ao fortalecimento de comunidades sub-representadas.

Além da apresentação, a trajetória de Ingrid Silva será retratada em um documentário em desenvolvimento pela Conspiração Filmes. A produção revisita desde os primeiros passos da artista no projeto social Dançando Para Não Dançar até sua consolidação como uma das bailarinas mais influentes de sua geração, construindo um legado de arte e transformação social.