Maluma: Total. Já venho trabalhando com a equipe da BOSS há algum tempo, e temos uma troca muito boa. Mas o que mais me tocou foi lembrar do meu pai. Quando eu era pequeno, ele usava esse perfume antes de sair para o trabalho. Era quase um ritual: se olhava no espelho, passava a fragrância e saía confiante. Hoje sou eu quem revive isso, de outro jeito.
HB: E como foi dividir essa experiência com Bradley Cooper e Vinícius Jr.?
M: Foi especial. Já tinha cruzado com o Vini uma vez, e acho que vi o Bradley no MET Gala, mas não tínhamos nos aproximado. Antes do shooting, jantamos juntos na casa do Vini, em Madri. Conversa vai, conversa vem… parecia que nos conhecíamos há tempos. Culturas diferentes, mas uma mesma energia. Foi leve, humano, bonito.

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HB: A campanha fala sobre liderança moderna e conexão. Em que esse discurso encontra o momento que você vive agora?
M: Me sinto mais centrado. Comecei aos 16 anos, e hoje, aos 31, sou pai da Paris, que tem 15 meses. Desde que ela nasceu, tudo mudou. Trabalho, sim, mas agora com outro propósito — quero ser uma inspiração pra ela. É um momento de responsabilidade, mas também de muita clareza. Essa campanha veio bem nessa virada.
HB: Já compôs algo pra ela?
M: Sim. Meu novo single, “Broschure”, sai em julho, e fiz pensando nela. Paris ama música, dança sem parar. No dia em que terminei, toquei pra ela e ela começou a dançar e gritar. Ali eu soube: é essa. Era pra ser o primeiro lançamento do ano.
HB: Lembra da primeira vez que sentiu o cheiro da fragrância?
M: Lembro. Me trouxe de volta pra casa. Tenho um rancho com cavalos, e o perfume tem um toque que me lembra o couro das selas. É algo muito meu, das minhas raízes. A troca com a equipe foi muito natural. Me mostraram o conceito, e eu pensei: “isso tem tudo a ver comigo”. Nem precisei ajustar nada. Foi só mergulhar.
HB: Sua relação com o Brasil é antiga. Quando nos reencontraremos?
M: Espero que antes do fim do ano. Sinto falta real. Fiz o remix de Tá OK com Dennis e Karol G, e estou planejando lançar uma versão em português de “Según Quién”. Trabalhar com o Dennis de novo também está no radar. E a Anitta é uma amiga de longa data — nossa conexão é forte.
HB: Tem mais nomes brasileiros que te inspiram?
M: Lucas Lucco foi o primeiro com quem colaborei — pouca gente lembra disso. Tenho muito carinho por ele. Gosto muito do Gustavo Lima também. Mas o Dennis tem um som muito único. Ele mistura a vibe latina com a brasileira de um jeito que me pega.
HB: Você já falou publicamente sobre tirar um tempo pra cuidar da saúde mental. O que mudou desde então?
M: Mudou tudo. Antes, eu buscava felicidade fora. Agora sei que ela vem de dentro. Me sinto outro homem — mais presente, mais inteiro. Faço exercícios, passo mais tempo com minha família e tento manter esse equilíbrio. Quero que as pessoas conheçam o Juan Luis por trás do Maluma. Esse sou eu.
HB: Você tem preferido lançar singles. Um álbum novo está nos planos?
M: Tenho muita coisa pronta, inclusive colaborações lindas. Mas neste momento, quero focar num lançamento de cada vez. Cada música merece atenção total. Um álbum pode vir depois, mas ainda não é hora.
HB: E a moda? Ela sempre teve um papel forte na sua trajetória pública…
M: Sempre foi uma forma de me expressar. Cada look que usei no MET Gala, por exemplo, tem uma história. Aqui na Colômbia, tenho uma equipe de design que desenha e produz o que visto — quase tudo é feito por nós. Quero continuar criando, pensando ideias, encontrando parceiros que embarquem comigo. Já trabalhei com marcas incríveis, como Porsche, e agora com a BOSS. Isso está no meu sangue. Vem coisa bonita por aí!

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