Gucci Cruise 2026 – Foto: Reprodução/Instagram/@gucci

A Gucci retorna às suas raízes para apresentar a coleção Cruise 2026, que reafirma a relação profunda entre a marca e a cidade que lhe deu vida em 1921. Afinal, Gucci é Florença, e Florença é Gucci – como afirma o espírito que conduz a campanha construída a partir das múltiplas camadas que definem o universo da casa.

O ponto de partida é o Palazzo Settimanni, edifício do século XV que abriga os arquivos da marca. Mais do que um espaço físico, o palazzo funciona como uma espécie de “máquina do tempo”, onde códigos históricos convivem com a contemporaneidade. É do encontro entre a tradição e a reinvenção que surge a estética da coleção.

O Cruise 2026 transita com naturalidade entre o minimalismo e o maximalismo, refletindo a versatilidade que moldou a linguagem Gucci ao longo de gerações. Silhuetas longilíneas convivem com ombros estruturados, criando uma narrativa que atravessa décadas de moda.

A riqueza material é uma homenagem direta à potência têxtil florentina, um dos grandes centros europeus de produção de tecidos desde a Idade Média. Brocados, jacquards, sedas e veludos aparecem magistralmente trabalhados, enquanto rendas, bordados e aplicações criam camadas de técnicas.

Gucci Cruise 2026 – Foto: Reprodução/Instagram/@gucci

Novos códigos, símbolos eternos

O GG Monogram permeia a coleção como elemento de continuidade, ao mesmo tempo em que o “G” solitário ressurge interpretado em fivelas, detalhes gráficos e saltos esculturais. Juntos, os símbolos funcionam como uma ponte entre arquivo e presente – um movimento constante dentro da identidade Gucci.

Entre as novidades, destaca-se a Gucci Giglio, bolsa que presta homenagem giglio, flor que simboliza Florença desde a Idade Média. Com design marcante e forte apelo gráfico, o modelo celebra a conexão histórica entre a marca e a cidade, além de reforçar o significado de renascimento que norteia a campanha.

“Monili” é a outra estreia da casa, uma linha de Alta Joalheria criada em parceria com a Pomellato. Inspiradas em designs de 1984, as peças combinam ouro, couro e diamantes em composições que reforçam o diálogo entre duas tradições artesanais italianas.

A campanha enfatiza uma elegância naturalmente despretensiosa — a célebre sprezzatura italiana. Essa atitude permeia o styling, os gestos e os enquadramentos, ecoando o caráter cinematográfico que sempre acompanhou o imaginário Gucci. É um universo que parece familiar, mas que se renova a cada camada revelada.