Fundadora e curadora do AD.STUDIO, Paloma Danemberg vive entre o Rio de Janeiro, São Paulo, onde vai inaugurar uma nova loja na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, e a Europa — onde “caça” relíquias com o pai — o antiquário Arnaldo Danemberg. Abaixo, ela fala sobre seu cotidiano, escolhas e aprendizados.

Paloma Danemberg

Paloma Danemberg – Foto: Arquivo Pessoal

Um apelido?

Uma amiga me chama de “Foguetinho”, tem uma mistura de doçura com potência. Meu pai diz que sou um “anjinho da guarda”.

Um artista?

Pablo Picasso. Me chamo Paloma por conta dele, que teve uma filha com mesmo nome. E minha mãe amava o trabalho dele. E mesmo tendo descendência Belga, eu escolhi a Espanha como meu segundo país. Morei por 3 anos em Barcelona e foi lá que ele fez sua primeira exposição, em um bar chamado “Els Quatre Gats”. Este lugar existe até hoje e ia bastante lá quando morava lá

Picasso é uma grande inspiração para a ressignificação e subversão da função dos objetos que eu faço, pois desconstruiu toda sua técnica realista para criar outras, entrando na fase cubista e até surrealista.

Um item indispensável na sua casa?

Um baú! Seja como mesa lateral, de centro ou até pé de cama, ele está sempre lá!

Uma música ou artista que você escuta sempre?

Difícil escolher só um. Mas eu sou aquela pessoa que é capaz de escutar a mesma música 20 vezes seguidas. Quando eu gosto eu AMO. Escuto até enjoar. Como uma boa libriana sou incapaz de fazer algumas escolhas, mas resumo meu estilo musical assim: de Bill Withers, passando por Tears for Fears, esbarrando no David Bowie ao lado da Madonna, dando as mãos para o The Strokes e até Billie Eilish. Poderia ficar citando nomes por mais algumas linhas.

Pão de queijo ou brigadeiro?

Impossível escolher. Minhas duas paixões. Só perdem pra pipoca e jujuba (declaradamente viciada rs).

O Rio de Janeiro que deixa saudade?

É clichê, mas o horizonte que o mar proporciona não tem absolutamente nada que se compare. A paz e a brisa deste horizonte são constantes em meus pensamentos.

Viagem inesquecível?

Minhas viagens de garimpo pela Europa. É sempre uma nova experiência, um novo aprendizado com as pessoas que conheço, as culturas que aprendo e as comidas que como. Tenho muito respeito e gratidão por tudo que experiencio nestas viagens.

O que o seu pai te ensinou de mais valioso?

Meu pai tem muitos valores, tradições, ensinamentos. Mas posso citar “a força de trabalho”, o amor pela profissão e o comprometimento com a excelência. Tá tudo muito conectado.

O legado você deseja deixar para a sua filha?

Ser corajosa o bastante para ser feliz. Que faça tudo com amor, vontade, respeito e de preferência com muita alegria.

Cão ou gato?

Sempre fui mais cão. Nunca gostei de gato. Até que um dia fui numa feira comprar morango e voltei com uma gatinha. E hoje sou absolutamente apaixonada por ela. O nome dela? Pipoca! E acredite, ela já se chamava assim quando a adotei. Ela me ensinou sobre o amor puro, sem querer nada em troca. Ela me escolheu desde o primeiro dia. Me acompanha em tudo que faço.