
Eames House – Foto: Rich Stapleton
A famosa Eames House, residência dos designers Charles e Ray Eames, volta a receber o público após um processo de restauração. Localizado em Los Angeles, o imóvel foi ameaçado pelos incêndios que atingiram a região em janeiro deste ano, mas se livrou graças à vegetação que o rodeia.
Projetada em 1949, a casa é um testemunho da obra do casal e um marco da arquitetura do século XX. Para celebrar o legado dos designers, a família anunciou a criação da Charles & Ray Eames Foundation.
A seguir, conheça outras casas de arquitetos e designers que estão abertas à visitação.
Taliesin West – Frank Lloyd Wright
Localizada na paisagem desértica de Scottsdale, no Arizona, a Taliesin West foi concebida em 1937 por Frank Lloyd Wright como sua residência de inverno e estúdio. Patrimônio Mundial da UNESCO e Marco Histórico Nacional, foi construído com pedras da região unidas por uma mistura de cimento e areia do deserto. A estrutura busca uma integração à paisagem e foi continuamente adaptada ao longo da vida de Wright, servindo como residência particular, moradia para aprendizes e oficina para as experimentações.
Com a morte do arquiteto, o local foi preservado e hoje abriga a sede da Frank Lloyd Wright Foundation, que mantém programas dedicados à arquitetura, design e a preservação do legado de Wright. Oferece também diferentes visitas guiadas ao público, disponíveis mediante agendamento.
Glass House – Philip Johnson

Glass House – Foto: Divulgação
Construída no final dos anos 1940 na cidade de New Canaan, Connecticut, a Glass House foi residência do arquiteto Philip Johnson e de seu marido David Whitney por mais de 50 anos. Inspirado na Casa Farnsworth de Mies van der Rohe, o projeto tornou-se um ícone da arquitetura modernista por sua característica ousada: paredes de vidro em todos os lados e um interior aberto, no qual o mobiliário define os ambientes.
Ao longo dos anos, Johnson expandiu as obras no terreno com duas galerias, três prédios e algumas casas, formando um complexo arquitetônico. Johnson faleceu em 2005, mas anos antes o complexo já havia sido doado ao National Trust for Historic Preservation, que atua na preservação de locais históricos nos Estados Unidos. Atualmente, o local oferece visitas guiadas e funciona como um centro cultural.
The Aalto House – Aino e Alvar Aalto
Projetada em 1935 e concluída em 1936, a Aalto House, localizada em Helsinque, foi residência e escritório dos arquitetos finlandeses Aino e Alvar Aalto. Construída em um momento de transição do arquiteto, a casa revela um equilíbrio entre funcionalismo e romantismo, com telhado plano, trepadeiras na fachada e acabamentos em madeira.
Hoje, a Aalto House é preservada pela Alvar Aalto Foundation e funciona como um museu aberto ao público. As visitas guiadas são realizadas em pequenos grupos, proporcionando uma imersão no universo do casal.
Casa Vilanova Artigas – João Batista Vilanova Artigas

Casa Vilanova Artigas – Foto: Nelson Kon
Projetada em 1949 como residência familiar, a casa está localizada na região do Campo Belo, em São Paulo. Antes dela, em 1942, Vilanova Artigas construiu a Casinha no mesmo terreno. Com a conclusão da segunda residência, foi nela que viveu durante grande parte de sua vida.
Restaurada entre 2016 e 2017, a casa é de propriedade da família, abriga o Café Artigas e é aberta à visitação.
Casa Luis Barragán – Luis Barragán
Construída na Cidade do México em 1948, a casa é considerada uma das obras mais significativas da arquitetura moderna no mundo. Residência e estúdio de Barragán até sua morte, em 1988, o imóvel mescla volumes simples, cores intensas e referências de diversos movimentos artísticos.
Foi declarado Patrimônio Mundial da UNESCO em 2004, e hoje abriga um museu operado pela Fundación de Arquitectura Tapatía Luis Barragán. O espaço recebe visitantes mediante agendamento prévio.
Casa de Vidro – Lina Bo Bardi
A casa foi concebida em 1950 como residência para Lina e seu marido, o crítico de arte Pietro Maria Bardi. Localizada no bairro do Morumbi, em São Paulo, é a primeira obra da arquiteta ítalo-brasileira. O projeto é tomado por referências modernas e envolvido por painéis de vidro que integram o interior à vegetação da Mata Atlântica.
Desde a morte de Lina, em 1992, o imóvel passou a abrigar o Instituto Bardi | Casa de Vidro, dedicado à preservação de seu acervo e legado. Hoje, o espaço recebe exposições, eventos e visitas guiadas.