por Anita Dimarco
Circo já foi considerado uma arte marginal com acesso restrito apenas aos integrantes das companhias – com segredos revelados apenas de pai para filho. Mas os tempos mudaram, e as tendas se abriram aos interessados em aprender as técnicas que encantam multidões de forma lúdica e interativa. Elevada ao status de atividade física do momento, recomendada para crianças e adultos, a aula de circo ganhou espaço no line-up das grandes academias, dos clubes e, claro, das arenas circenses.
Como a ideia é que qualquer um seja integrado à modalidade sem traumas, não importa o condicionamento do futuro praticante. Existem técnicas capazes de atender perfis distintos – tímidos, hiperativos, gordinhos ou muito magros estão contemplados. Além disso, o circo desponta como uma espécie de brincadeira em que todo mundo quer participar. E o melhor é que os benefícios vão da autoestima
ao equilíbrio e a flexibilidade apurados. Embora as atividades mais pareçam com a hora do recreio, é importante ficar atento às orientações profissionais a fim de desenvolver corretamente o procedimento e evitar lesões. “Vivemos um contexto em que a formação do artista e do professor de artes circenses se dá por duas vias: pelas escolas de circo e de maneira informal, em cursos não profissionalizantes. O importante é certificar-se de que o monitor tenha experiência, e que esteja sempre buscando aprofundar seus conhecimentos com relação aos estudos do corpo”, avisa Lara Rocho, artista, professora e coordenadora pedagógica do núcleo infanto-juvenil do Espaço Circo Híbrido, em Porto Alegre.
Na grade curricular da maioria dos espaços especializados há lições de malabares, que é muito procurado por quem quer ampliar os reflexos, a coordenação motora e o trabalho em grupo, de tecido acrobático e de trapézio, que intensificam a força muscular e o equilíbrio, e aumentam a confiança, assim como os exercícios feitos com as pernas de pau. Já a ginástica de solo e a cama elástica são indicadas para a turma que não abre mão de turbinar o condicionamento físico com ensinamentos de noções de tempo e espaço, e enxugar uns quilinhos. Para os mais introspectivos, a dica é escolher o picadeiro, local perfeito para driblar o medo de falar em público. As habilidades conquistadas com as estripulias circenses e os sentimentos positivos que elas despertam têm o poder de transformar o corpo e ao mesmo tempo a maneira como a criança se enxerga e percebe o mundo ao seu redor. Não dá para ficar de fora dessa mania, né?
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