O ano era 1901. Uma quinta-feira, dia 5 de dezembro, data do nascimento de Walter Elias Disney. Fazia frio em Chicago, quando Flora Call deu à luz ao quarto filho com o marido Elias – um canadense radicado nos Estados Unidos, violinista e socialista convicto. A “Cidade dos Ventos”, refúgio de Frank Sinatra e palco do Blues foi por algum tempo o lar de “Walt”.

Mas a família mudou-se para uma fazenda em Marceline, no Missouri, e assim que o rapaz completou 16 anos, resolveu estudar arte e ingressar numa ordem maçônica. O pai não aprovou a ideia, o que o fez buscar o alistamento militar (o mundo vivia a sua primeira grande guerra). Ao ter o pedido recusado, Walt ingressou na Cruz Vermelha e acabou enviado à França, na condição de motorista de ambulância, onde permaneceu por um ano. Ao retornar, matriculou-se na Kansas City Arts School e arranjou trabalho como desenhista.

Walt Disney com os seus desenhos doo Bambi/ Foto Reprodução Taschen

Juntamente com o irmão Roy criou a produtora Disney Brothers Cartoon para fazer animações de contos de fadas, que eram exibidas em cinemas locais. O amigo Ub Iwerks também fez parte da sociedade. Ambicioso e com faro para os negócios, Walt levou o pequeno estúdio para Hollywood, e foi ali que emplacou “Oswald, The Lucky Rabbit” – distribuído pela Universal Pictures, que depois ficou com o personagem, sem dar o crédito (e o pagamento) aos seus autores. A reviravolta e o maior trunfo de Disney, entretanto, ainda estava por vir. Mickey Mouse surgiu em 1928, desbancando todo e qualquer aspirante a concorrente.

Até hoje, o simpático rato que faz par com Minnie é imbatível. O sucesso ajudou a construir um legado de incontáveiscurtas-metragens, live actions e licenciamentos de produtos, 61 animações, 48 estatuetas do Oscar, dois parques temáticos em solo norte-americano (Disneylândia, na Califórnia, e Disney World, na Flórida), complexos em Paris, Xangai e Tóquio, canais de tevê, plataforma de streaming e aquisições de peso que incorporaram Marvel, Pixar, LucasFilm e 21st Century Fox.

O Castelo da Cinderela é o ícone encantador do Magic Kingdom/ Foto Abigail Nilsson

O rapaz que só queria saber de desenhar criou uma das mais poderosas companhias do mapa, com valor estimado em 151 bilhões de dólares. Ou seja, diversão dá lucro. No centenário da embrionária empresa de entretenimento – aberta em 1923 –, sobram motivos para celebrar. E aí está a deixa perfeita para emendar uma visita aos parques de Orlando, que estão recheados de novas atrações, caso de “Journey of Water”, inspirada em Moana, uma trilha outdoor, que possibilita aos visitantes interagirem com a água (dá até para reger uma orquestra de jatos de água), o World Celebration, o espetáculo “Luminous The Symphony of Us”, que arrasa na pirotecnia, todos na área do Epcot – e com o mascote Figment como anfitrião. disneyworld.disney.go.com/pt-br

 

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