Xamã, um dos maiores nomes da cena urbana brasileira, amplia suas conquistas na música e na atuação. Após estrear na novela Renascer e em filmes como O Maníaco do Parque e Cinco Tipos de Medo, ele mantém acesa sua paixão pelos palcos. Com origem humilde, começou vendendo amendoim nos trens do Rio de Janeiro e encontrou na poesia o ponto de partida para o rap.

Agora, o multifacetado artista lança uma nova série de shows, resgatando o som underground que marcou o início de sua carreira. Com impressionantes realizações, como o primeiro lugar no Spotify, bilhões de streamings e mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais, é na música que ele se reconecta com o menino que venceu concursos de redação e usou a poesia para abrir novos caminhos. Para a BAZAAR MAN, Xamã revelou mais detalhes sobre suas 24 horas. Confira! 

10:30 – Acordo e vou direto para a academia. Gosto de malhar de manhã porque ajuda a manter o corpo em dia, já que o palco e a rotina exigem bastante condicionamento. Com o tempo, foi caindo a ficha de que o treino me ajuda a focar. A minha saúde não só física, mas mental também.

11:30 – Eu preciso tomar um bom café e um banho [para despertar]. A rotina muda muito. Às vezes, eu estou em casa ou em um hotel, por causa de um show, ou levanto cedo para uma diária de cinema. Saio da academia e vou tomar café da manhã. Tapioca, umas frutas e um café preto. É o que me dá um gás para segurar os compromissos, como gravações, ensaios, shows e eventos.

12:30 – Também curto ir à praia. Entre meus hobbies, amo jogar futevôlei e ficar sem fazer nada à beira-mar [Recentemente, ele foi clicado com a namorada, a atriz Sophie Charlotte, em um dia como ele narra aqui].

13:00 – Pauso para almoçar, geralmente no set ou entre uma gravação e outra. Procuro comer algo leve, mas que sustente. Às vezes, rola aquele feijão com arroz. Gosto muito de comida mineira e não recuso uma feijoada.

15:45 – À tarde, tenho reuniões e resolvo assuntos da carreira: contrato, lançamento, clipe… Não é só fazer música, tem toda uma gestão por trás e eu gosto de estar a par. Fora gravação e ensaio, é hora de ir para o estúdio. Lá é
meu templo, onde me encontro. Gravar música é como terapia, me reconecta com minhas raízes. A gente cria mesmo durante a resenha, com a galera se divertindo em casa, as ideias fluem, e a música acaba surgindo naturalmente.

17:00 – Depois da minha estreia na TV aberta em Renascer [novela da Globo], agora vem a segunda temporada de Cangaço Novo e Cinco Tipos de Medo, meu primeiro longa como protagonista. Atuar é algo novo, mas estou curtindo e me desafiando. Recentemente, fui a São Paulo lançar Maníaco do Parque. O bacana desse projeto é que eu ainda pude gravar a música-tema, uma versão de Where Did You Sleep Last Night, do Nirvana.

19:00 – Para cada personagem, conto com o apoio de profissionais como Andrea Cavalcanti e Moira Braga, que me
ajudam a construir um novo universo. Esse acompanhamento é essencial no meu ritual de preparação.

21:00 – Gosto de estar com a minha família, fazer festa em casa e de criar música sem o compromisso de lançá-la. Se tiver show, é hora de começar a preparação, ainda mais agora, com uma nova montagem na estrada.

23:30 – Arrumamos os últimos detalhes, atendo os fãs, coloco o figurino de palco – normalmente a minha stylist, Roberta Campos, me ajuda com essa parte. No palco, é onde eu me sinto mais vivo. Cada verso que eu mando é
para fazer a galera se sentir parte de algo maior. No fim, é isso que importa: a troca. Fico muito emocionado com os fãs cantando alto os versos que eu fiz, isso não tem preço.

02:00 –  Quando termino o show, ainda fico a mil por um tempo. A adrenalina demora um pouco para ir embora. Às vezes, rola de encontrar amigos, fazer uma social, mas o corpo também pede descanso. Vou para casa, ou para o hotel se estiver em outra cidade, e cama