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Sérgio Malheiros dá vida a Victor, um personagem que equilibra humor e carisma enquanto enfrenta dilemas profundamente humanos na nova série Amor da Minha Vida, que estreia nesta sexta (22.11) no Disney+. “Acho que o que pude emprestar para o Victor foi minha dedicação, minha paixão e minha vontade de fazer um trabalho bem feito. Sou muito apaixonado pelo que faço”, conta o ator à BAZAAR.

Melhor amigo e contraponto de Bia (Bruna Marquezine), o personagem valoriza a calma e a simplicidade, mas descobre que uma vida previsível pode não ser suficiente para sustentar o amor. “Como ator, a gente vive entre a exaltação e a humilhação, como o Oswaldo Montenegro fala. Um momento você está sendo aclamado; no outro, enfrenta as dificuldades do mercado. Acho que todo ano passo por um turning point diferente, vou me segurando e comendo pelas beiradas para poder viver de arte no Brasil.”

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Com piadas certeiras e hambúrgueres famosos (ele, realmente, precisou aprender a fazer o quitute para a produção), ele é o elo divertido do grupo de amigos, mas carrega o peso de um futuro incerto. Após a morte do pai, Victor herda a loja de lustres da família, já em crise, e precisa lidar com desafios que o obrigam a se reinventar — tanto nos negócios quanto no coração. A trama conta a história de personagens que vivem a pluralidade das relações, a sexualidade de forma intensa e as dores e delícias da independência da vida adulta.

Além de Sergio e Bruna, a série com 10 episódios ainda tem nomes como Sophia Abrahão (que namora Sérgio na vida real), Danilo Mesquita, Malu Rodrigues, Fernanda Paes Leme, Cissa Guimarães, João Guilherme, David Reis, João Villa e Bruna Spínola, entre outros. Veja as perguntas!

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Você carrega algo do Victor com você? Como foi a experiência de interpretá-lo?

Quando atuamos, aprendemos coisas inesperadas, como, no caso do Victor, fazer hambúrguer. Mas acho que o mais importante de interpretar personagens é a possibilidade de pensar com a cabeça do outro. Durante o processo de criação, tentamos entender a visão e a interpretação de cada pessoa envolvida, e isso faz com que levemos um pouco do outro ao final do trabalho. O que o Victor me trouxe de mais marcante foi essa troca de perspectivas — a visão da Bruna sobre a história, a do Matheus Souza, nosso criador e diretor, da Tati Fragoso, nossa outra diretora, do René Sampaio, diretor-geral, e de todo o elenco.

Essa experiência de construir algo juntos traz uma riqueza enorme de conhecimento e um aprendizado que só vem do encontro com o outro. Acho que o que pude emprestar para o Victor foi minha dedicação, minha paixão e minha vontade de fazer um trabalho bem feito. Sou muito apaixonado pelo que faço. A Bruna compartilha do mesmo pensamento, porque a gente começou a atuar muito cedo e passou por diferentes oportunidades. Para mim, o que levei para o Victor foi essa dedicação, esse foco em fazer o melhor trabalho possível.

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Assim como seu personagem, você já teve um turning point na vida em que superou expectativas ou contrariou o que esperavam de você?

Como ator, a gente vive entre a exaltação e a humilhação, como o Oswaldo Montenegro fala. Um momento você está sendo aclamado; no outro, enfrenta as dificuldades do mercado. Acho que todo ano passo por um turning point diferente, vou me segurando e comendo pelas beiradas para poder viver de arte no Brasil.

Um dos mais marcantes foi na adolescência, quando precisei decidir se seguiria com a atuação como profissão. Quando criança, tudo tem um aspecto mais lúdico. Mas chega um momento em que isso não basta mais ser inteligente ou engraçadinho. É preciso levar a sério, estudar e se dedicar.

Se pudesse voltar no tempo e dar um conselho para o Sérgio adolescente, o que diria?

Relaxa, as coisas vão se acertar. Você tem que matar um leão por dia, mas vai ser para sempre assim… Acostume-se! Essa profissão é difícil e exige extrema dedicação, mas continue focado nos seus objetivos, porque vai valer a pena.”

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