
Vênus é segundo planeta do nosso sistema solar e está localizado a 61 milhões de quilômetros de distância da Terra – Ilustração Nasa
Guillermo Söhnlein, cofundador da OceanGate, empresa que organizava expedições aos destroços do Titanic, continua a sonhar alto, apesar da tragédia que ocorreu quase um ano atrás com a implosão do submarino Titan. Recentemente, Söhnlein declarou acreditar na possibilidade de levar humanos para Vênus, segundo planeta do nosso sistema solar e a 61 milhões de quilômetros de distância da Terra. Sua visão envolve reunir um grupo de pessoas composto por cientistas, exploradores e bilionários para formar uma comunidade no planeta vizinho. Mesmo após o desastre, ele mantém firme sua aposta nesse ambicioso projeto espacial.
Em uma publicação recente em um blog, Söhnlein abordou os desafios que Vênus apresenta, como a presença de dióxido de carbono e nuvens de ácido sulfúrico. Ele argumentou que esses obstáculos “podem ser superados com equipamentos de respiração e materiais resistentes a ácidos”. O empresário também minimizou a preocupação com a temperatura extrema de cerca de 464 graus Celsius na superfície de Vênus, sugerindo que os viajantes poderiam construir habitações a 50 km de altitude, onde as condições seriam supostamente mais semelhantes às da Terra.

“Também não precisamos nos preocupar em realizar pousos bem-sucedidos na superfície do planeta, o que é um dos maiores desafios que nos aguarda em Marte, afirma o empresário sobre Vênus – Foto: Nasa
“Poderíamos embarcar em nossa jornada venusiana hoje… e fazê-lo de forma segura e econômica. A realidade é que Vênus está muito mais próxima da Terra e tem uma órbita muito mais similar, o que a torna muito mais acessível do que Marte (custo menor, janelas de voo mais frequentes, tempos de trânsito mais curtos, maior segurança, etc.)”, disse o empresário na publicação.
“Também não precisamos nos preocupar em realizar pousos bem-sucedidos na superfície do planeta, o que é um dos maiores desafios que nos aguarda em Marte. Se algo, pode-se argumentar que enviar humanos para Vênus ANTES de enviá-los para Marte pode ser uma maneira melhor de desenvolver com segurança as capacidades para criar uma comunidade marciana”, completou Guillermo Söhnlein