Fernando Louza – Foto: Divulgação

Fernando Louza, um dos mais renomados fotógrafos de arte e moda do Brasil, chega ao Estúdio Mula Preta, em São Paulo, com uma exposição que celebra sua vasta trajetória de cinco décadas. Conhecido por seu trabalho nas maiores revistas do Brasil, Louza sempre foi além dos modelos e cenários, captando a essência das culturas que encontrava em suas viagens. Com curadoria de Paulo Borges, a mostra reúne 30 imagens marcantes, registradas em diversos países, incluindo Cuba, Portugal, Brasil e Peru.

“Desde cedo, sempre tive uma grande paixão por corridas de carros, e foi nesse ambiente que minha trajetória na fotografia começou. Meu pai me presenteou com uma câmera, e foi então que passei a registrar as corridas. Aos poucos, fui envolvido por esse universo fascinante”, revela Louza, ao relembrar o início de sua carreira. Aos 18 anos, ele descobriu seu interesse pela fotografia de moda. “Havia uma banca de jornal perto de casa que vendia todas as revistas mais prestigiadas. Eu passava horas ali, admirando fotos de moda e o trabalho de fotógrafos, que me inspiravam profundamente”, comenta, destacando o impacto visual que o influenciou desde jovem.

A exposição, que abre no dia 22 de outubro, explora o olhar apurado de Louza sobre o mundo ao seu redor. Paulo Borges, que assina a curadoria, explica: “Se alguém fotografou Cuba de todas as formas, foi o Fernando”. Para Borges, a habilidade de Louza em captar a simplicidade e a profundidade do cotidiano é uma de suas maiores qualidades.

Entre os projetos mais especiais de sua trajetória, Louza destaca seu trabalho em Cuba, que, para ele, tem um significado profundo. “O país, para mim, é um lugar singular. Já o visitei mais de 20 vezes. A ilha é um cenário vivo e impressionante, um verdadeiro espetáculo a céu aberto”, afirma, evidenciando sua conexão com o país.

Louza também compartilha sua gratidão pelas pessoas com quem trabalhou ao longo dos anos. “A fotografia me presenteou com pessoas incríveis, pelas quais tenho imensa gratidão. Patricia Carta, com quem colaborei por muitos anos, tornou-se uma amiga querida, e juntos criamos trabalhos memoráveis”, reflete o fotógrafo. Ele acrescenta que as parcerias duradouras foram fundamentais para o desenvolvimento de sua carreira: “O grande privilégio da minha carreira foi ter conhecido e trabalhado com pessoas extraordinárias, que contribuíram para a construção de um portfólio de trabalhos belíssimos.”

A exposição também trará imagens de Salvador, onde Louza buscou capturar o que é real e humano em sua essência. Até o dia 9 de novembro, o público poderá explorar esse universo artístico no Estúdio Mula Preta.