
João e Francisco Hilbert vestem full look Hering – Direção criativa: Kleber Matheus, Fotografia: Fernando Mendes, Styling: Giusepe Botelho, Beleza: Ivan Barria com produtos Dior Beauty, Set design: Alan Wallace e Kayque Barros, Direção de arte: Yasmin Klein, Retoque: Marcos Nascimento, Coordenação: Mariana Simon, Produção executiva: Zuca Hub, Produtora responsável: Claudia Nunes, Produção de moda e assistentes de styling: Luigi Torelli, Laura Cavalcante e Victor Brandolin, Assistentes de foto: Marina Toledo, Martina Martinez e Paulo Cardone, Assistente de beleza: Mischa Barros, Assistentes de produção: Caio Nogueira, Camareira: Iara Corrêa, Estudio: ODMGT, Agradecimento: Herança Cultural
Eles chegaram ao mundo com dez minutos de diferença. Aos 17, dividem quase tudo: quarto, escola, viagens, desfiles, sobrenome e até a curiosidade do público. Mas Francisco e João Hilbert, filhos de Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert, não estão aqui para serem confundidos. Francisco é mais solto; João, mais introspectivo. “Eu sou mais extrovertido. O Johnny é mais introvertido”, diz Francisco. João devolve: “Ele se veste como quer, não liga muito para o que os outros pensam. Admiro isso.”
A convivência é intensa, mas não simbiótica. Eles têm hábitos diferentes, medos diferentes e até jeitos distintos de brigar e fazer as pazes. “O Johnny me irrita muito”, provoca Francisco. “Mas tá melhorando”, emenda, rindo. A última discussão? João chegou atrasado na entrevista. “Foi uma discussão besta, mas ele já pediu desculpa”, entrega o irmão. Entre eles, tudo se resolve rapidamente… e com piada. “Se alguém me conta alguma coisa, eu já aviso: o Chico vai saber”, comenta João. “Ele me conta tudo”, confirma Francisco.

João Hilbert vestem full look Hering – Direção criativa: Kleber Matheus, Fotografia: Fernando Mendes, Styling: Giusepe Botelho, Beleza: Ivan Barria com produtos Dior Beauty, Set design: Alan Wallace e Kayque Barros, Direção de arte: Yasmin Klein, Retoque: Marcos Nascimento, Coordenação: Mariana Simon, Produção executiva: Zuca Hub, Produtora responsável: Claudia Nunes, Produção de moda e assistentes de styling: Luigi Torelli, Laura Cavalcante e Victor Brandolin, Assistentes de foto: Marina Toledo, Martina Martinez e Paulo Cardone, Assistente de beleza: Mischa Barros, Assistentes de produção: Caio Nogueira, Camareira: Iara Corrêa, Estudio: ODMGT, Agradecimento: Herança Cultural
Na campanha de Dia dos Pais da Hering, atuaram ao lado do pai e da irmã mais nova, Maria. Foi o primeiro trabalho com Rodrigo. “Ele tem uma facilidade absurda, sabe para onde olhar e o que fazer”, observa Francisco. “Ele virava e falava: ‘Gente, vamos sorrir!’” João completa: “Só de olhar pra ele já dá vontade de rir… Eu me sinto mais confortável com ele por perto”/ Mas as memórias mais marcantes não vieram da televisão. Rodrigo já construiu uma montanha-russa no quintal da casa onde moravam. “A gente ajudou em tudo. Depois, nos mudamos e não deu mais pra usar, mas foi muito legal”, lembra Francisco. “Meu pai é como um amigo muito próximo. A gente zoa ele, ele zoa a gente”, complementa João.
Só uma coisa ainda não puxaram do pai: o talento na cozinha. “A gente não sabe fazer nada. Zero. Eu não sei fazer um ovo, um macarrão… nada”, admite Francisco e João apenas concorda. Rodrigo, aliás, é o grande modelo de masculinidade para os dois. “Quero ser um homem igual a ele. Um homem amoroso, presente, que ajuda as pessoas”, diz Francisco. “Minha mãe sempre fala que ele é um homem moderno, que cozinha, cuida da casa, é respeitoso… é uma inspiração”, complementa João.
O peso do sobrenome, eles carregam com consciência. “A gente tem muito privilégio, mas tem que tomar cuidado. Meus pais têm uma carreira muito boa. Quero continuar o legado deles”, diz Francisco. João conclui: “É importante carregar esse sobrenome, mas quero ser conhecido por quem eu sou, não só pelos meus pais”.
A rotina é a de qualquer adolescente em ano pré-vestibular: reforço escolar, academia, futebol e terapia, sugestão da mãe. João prefere os livros; Francisco se interessa por música — já experimentou tocar pandeiro, bateria, ukulele e agora se aventura no violão, o mesmo instrumento que o irmão está começando a aprender.
Já moraram no Rio, em Los Angeles e Portugal, e, hoje, vivem em São Paulo. Jogam menos videogame do que gostariam. Escutam trap, os top hits do Spotify e o que está em alta no TikTok. Vivem de mesada, mas o dinheiro do primeiro trabalho teve destino certo: João comprou um computador e Francisco admite: “A maioria vai para pedir comida.”
As diferenças também aparecem no espelho, Francisco segue uma rotina de skincare rigorosa, com três produtos diários, já João tenta manter um único passo, com um creme para acne: “Comprei e tô tentando usar sempre”. Nos perfumes, a vantagem é dele: “Tenho vários, ganho da minha mãe e também compro.” Francisco ainda está se descobrindo nesse universo: “Prefiro meu cheiro natural, mas ganhei um perfume que gostei muito. Tô começando a usar mais”.
Ambos estrearam na passarela no São Paulo Fashion Week, com várias entradas em diferentes desfiles. “Fico morrendo de medo. Minha mão começa a suar. Mas, depois, dá vontade de fazer de novo”, diz João. “No começo, fico nervoso, depois, sinto alívio”, completa Francisco.

Francisco Hilbert vestem full look Hering – Direção criativa: Kleber Matheus, Fotografia: Fernando Mendes, Styling: Giusepe Botelho, Beleza: Ivan Barria com produtos Dior Beauty, Set design: Alan Wallace e Kayque Barros, Direção de arte: Yasmin Klein, Retoque: Marcos Nascimento, Coordenação: Mariana Simon, Produção executiva: Zuca Hub, Produtora responsável: Claudia Nunes, Produção de moda e assistentes de styling: Luigi Torelli, Laura Cavalcante e Victor Brandolin, Assistentes de foto: Marina Toledo, Martina Martinez e Paulo Cardone, Assistente de beleza: Mischa Barros, Assistentes de produção: Caio Nogueira, Camareira: Iara Corrêa, Estudio: ODMGT, Agradecimento: Herança Cultural
Antes de entrar, escutam os conselhos dos pais. “Eles também ficavam nervosos, que vai passar.” João confessa que nunca soube se vestir, mas vem pedindo ajuda à mãe. Francisco, mais à vontade, já se imagina nas vitrines: “Tem uma loja de uma marca de jeans com um pôster enorme. Toda vez que passo com a minha mãe, falo: ‘Um dia quero estar ali’”.
Na adolescência, começaram a surgir as primeiras vontades de entender quem são. Francisco se imagina ator no futuro. “Falo para minha mãe que, quando terminar a escola, quero começar aulas de teatro. É um sonho.” João ainda está em dúvida. Pensa em fazer faculdade, “mais pra aprender alguma coisa nova”, diz.
Enquanto Francisco já cogita trabalhar fora, João prefere ficar por aqui. “Não quero ficar longe da minha família.” O medo de avião também pesa. “Mas estou tratando na terapia. Está melhorando.” Nunca namoraram nem gostaram da mesma pessoa, mas já sabem o tipo de relação que querem construir. “Admiro muito meus pais. Quero ter um relacionamento como o deles: saudável, com respeito”, diz Francisco e João concorda com a cabeça.
Eles sabem que são parecidos, mas não querem ser lidos como cópia do outro. “Todo lugar que a gente vai, alguém confunde o nosso nome”, diz Francisco. “Já tô acostumado. Às vezes, fico constrangido de corrigir”, confessa João. Ainda assim, não conseguem imaginar a vida separados. “É como se a gente fosse uma pessoa só em dois corpos”, resume ele.
Entre contrastes e cumplicidades, vão descobrindo o que cada um pode ser. Um quer palco; o outro, estrada. Um fala alto; o outro observa. Um planeja sair; o outro prefere ficar. Dividem segredos, mas nem tudo. Compartilham tempo, mas não se anulam. “A gente nunca falou de crush um com o outro”, admite Francisco. João ri e confirma. Ele admira o estilo livre do irmão; Francisco confessa invejar sua coleção de perfumes.
O cuidado está nas rotinas miúdas — zoar, ouvir, dividir. Ser homem, para os dois, é isso: ser sensível, engraçado, presente. Cada um do seu jeito. Lado a lado, mas cada um no próprio ritmo.