Na Hermès, a “casaque” — camisa usada por jóqueis nas corridas de cavalo, marcada por cores fortes e padrões gráficos — serve de inspiração para a nova coleção masculina. Véronique Nichanian ressignifica esse símbolo equestre ao transformá-lo em linhas oblíquas, cortes diagonais e movimentos que se projetam para além da passarela.
O resultado é um jogo de tensões: tecidos macios contra padrões angulares, veludo que absorve a luz diante de couros “emborrachados” que a refletem, parkas robustos em contraste com a leveza da alfaiataria.
Tons terrosos como café e carvão convivem com baunilha, laranja-sangue e azul-celadon, compondo uma paleta que alterna calor e frieza, intimidade e exposição.
O espaço em Hong Kong reforçou essa dualidade. Entre concreto, feixes de luz e passagens labirínticas, modelos e personalidades locais se misturaram, transformando o desfile em experiência sensorial que parecia menos sobre roupas e mais sobre como tradição e cidade podem se cruzar.
Assim, a Hermès reafirma sua identidade: sofisticada, mas também lúdica, capaz de trazer códigos históricos para o presente urbano. Veja todos os detalhes: