
O médico endocrinologista Dr. Caio Saraiva, afirma que método é uma abordagem promissora para o tratamento de diversas condições relacionadas à saúde do homem – Foto: Unsplash
Poderia ser apenas uma questão estética, mas não. Os homens estão cada dia mais preocupados com a sua saúde, bem-estar e autocuidado. E isso automaticamente se reflete nos cuidados na rotina, por dentro e por fora.
Com o passar dos anos, o homem sofre um processo natural de envelhecimento de suas células gerando inúmeras repercussões no corpo, bem como o declínio progressivo e lento de sua função hormonal, principalmente após os 40 anos. As mudanças reprodutivas ocorrem de forma lenta e gradual, com sintomas sutis. Tecnicamente falando, esse processo é chamado de Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), mas popularmente conhecido como andropausa. Porém, o termo andropausa não deve ser utilizado, pois diferentemente da mulher, não ocorre uma pausa hormonal, e sim o seu déficit gradativo. Entender a influência do nível de testosterona na saúde masculina é muito importante. Diversos sintomas que ocorrem relacionados ao déficit hormonal se sobrepõem ao envelhecimento natural do homem ou mesmo a doenças prevalentes nessa população, o que o torna uma tarefa difícil distinguir de forma exata a verdadeira causa. As principais repercussões são a diminuição da libido (desejo sexual), disfunção erétil (dificuldade em ter/manter ereção peniana), aumento da gordura corporal, perda de massa óssea (osteoporose), perda da massa muscular, diminuição dos pelos (barba, cabelo), anemia, depressão e irritabilidade. A lista é extensa.
”A terapia de reposição hormonal com testosterona é segura e eficaz. Os benefícios incluem melhora da saúde sexual, óssea, muscular, emocional e melhora da atividade cardíaca. O acompanhamento médico desse tratamento é muito importante para a melhora da qualidade de vida do homem através do controle exato de dosagens de forma individualizada”, revela Izabelle Gindri, PhD em Engenharia Biomédica pela The University of Texas at Dallas, USA e Mestra em Química pela Universidade Federal de Santa Maria

Com o passar dos anos, o homem sofre um processo natural de envelhecimento de suas células gerando inúmeras repercussões no corpo – Foto: Unsplash
O médico urologista Dr. Henrique Peres ressalta que as terapias com testosterona sempre foram um desafio pelas oscilações que muitas formas injetáveis fazem ou pelo fato de não chegar a bons níveis nas formas de gel ou creme. Além disso, o profissional pontua o problema de adesão e disciplina dos pacientes nesses tipos de reposição hormonal e completa: “A forma em implantes ou pellets atinge níveis terapêuticos e com uma curva de estabilidade por cerca de 6 meses que nos permite alcançar os principais objetivos nos nossos pacientes com melhora da composição corporal, aliando promoção de saúde e melhora estética. Evitando a osteoporose/osteopenia e a sarcopenia, que é a perda da massa músculo esquelética. Essas condições são frequentes no envelhecimento e se acentuam nos pacientes com deficiência de testosterona, trazendo a perda da autonomia. Além disso, promove melhora do humor, da cognição, da libido e da função sexual como um todo, com um impacto significativo na qualidade de vida.”
Sobre a reposição de testosterona via implantes hormonais, o médico endocrinologista Dr. Caio Saraiva, afirma que o método é uma abordagem promissora para o tratamento de diversas condições relacionadas à saúde do homem e destaca os pontos positivos: “Seus benefícios na saúde cardiovascular, no tratamento da obesidade, na redução da incidência e no melhor controle do Diabetes tipo 2. Além da melhoria do bem-estar geral, que tornam essa terapia uma ferramenta para homens que buscam otimizar sua saúde e qualidade de vida. A reposição hormonal, quando feita via implantes oferece uma série de vantagens em relação a outras vias de administração. A liberação constante e estável do hormônio, a conveniência e adesão ao tratamento, o menor risco de efeitos colaterais e a possibilidade de personalização do tratamento tornam os implantes uma opção atraente para muitos pacientes.”

