Jordana, fundadora do Pimenta Rosa | Foto: Miguel Sá

Um dos nomes mais reconhecidos no cenário de eventos e casamentos do Rio de Janeiro, o bufê Pimenta Rosa foi fundado há 25 anos pela banqueteira Jordana Mendonça, ou simplesmente Jô. Desde então, o serviço de catering que assina algumas das festas mais sofisticadas da cidade vem sendo construído sobre pilares de afeto, personalização e memória afetiva. Muito antes de liderar uma equipe de centenas de profissionais em casamentos e eventos de grande porte, Jô estava em casa, em Angra dos Reis, observando sua mãe organizar jantares e almoços com louças especiais, flores frescas e receitas cheias de afeto. Era o início de uma história em que comida, acolhimento e identidade sempre andaram juntos.

O Pimenta Rosa nasceu assim: da cozinha de casa, dos guardanapos de tecido cuidadosamente passados a ferro, das moquecas servidas em folhas de bananeira e da mousse de chocolate feita com a receita da avó. Hoje, esse passado é mais que inspiração, é metodologia. No Pimenta Rosa, cada cardápio é desenhado a partir da história de quem celebra. O processo começa com perguntas simples: como foi o pedido de casamento? Qual prato remete à infância? Existe uma receita que não pode faltar? E assim, passo a passo, se constrói um menu personalizado, feito sob medida não apenas para o paladar, mas para a alma.

Especializado em casamentos, o Pimenta Rosa se tornou referência entre noivas cariocas que desejam mais do que um bufê impecável. Desejam uma experiência afetiva, sensorial e inesquecível. O serviço de catering é o único do Rio de Janeiro a oferecer duas degustações por evento, com atenção minuciosa a cada detalhe. A primeira apresenta sugestões iniciais, criadas a partir de conversas prévias. Na segunda, surgem surpresas que emocionam: pratos baseados em lembranças de infância, homenagens a pedidos de noivado, receitas de família que atravessam gerações.

Foto: Miguel Sá

Esse cuidado se estende à apresentação. Em um espaço exclusivo dedicado ao seu acervo, o Pimenta Rosa abriga mais de 35 mil peças, todas escolhidas a dedo por Jô em viagens. Nada ali é alugado: cada bandeja, cada prato de porcelana, cada talher foi trazido pessoalmente, com o mesmo carinho com que se leva uma lembrança de viagem. “A peça certa transforma o prato. Não importa se é um canapé simples. Quando bem apresentado, ele muda o tom da festa”, explica.

Ao completar 25 anos em 2025, o Pimenta Rosa celebra não apenas sua trajetória de sucesso, mas também o impacto emocional que deixa em cada evento que realiza. São cerca de 200 festas por ano, das mais íntimas às mais grandiosas. E, entre elas, uma quantidade expressiva de casamentos, em que o envolvimento com a história dos noivos é levado ao extremo. Jô costuma lembrar de famílias inteiras que voltam para celebrar novos ciclos: casamentos de irmãos, bodas dos pais, batizados dos filhos.

Mesmo com o crescimento da empresa, hoje sediada em duas casas no bairro da Tijuca, Jô preserva o espírito de acolhimento que marcou seus primeiros eventos. Ela conhece pelo nome cada um de seus 30 funcionários fixos, recebe pessoalmente os clientes para degustações e responde com espontaneidade a cada pedido. “No dia do casamento, o que entregamos não é só comida. É confiança, memória, afeto.”

A relação com noivas e suas famílias é construída com paciência e escuta. Há espaço para o improviso, para a emoção e para os pequenos detalhes que fazem a diferença. Já houve noiva que quis homenagear o sogro com um prato especial. Outras sugeriram receitas da infância ou criações inspiradas em viagens do casal. Em todos os casos, Jô acolheu com o mesmo entusiasmo e traduziu em pratos que encantam não só pelo sabor, mas pela história que carregam.

Num mercado onde o luxo muitas vezes se mede por ostentação, o Pimenta Rosa mostra que o verdadeiro refinamento está na delicadeza. Ao invés de fórmulas prontas, oferece escuta. Em vez de tendências passageiras, aposta naquilo que é atemporal: a emoção de compartilhar uma boa refeição com quem se ama. E talvez esteja aí o segredo de sua longevidade. Como resume Jô: “Cozinhar para alguém é, antes de tudo, um gesto de amor. E amor a gente não terceiriza.”