A Wella Company promove há 19 anos o Win, evento de inovação, interação e aperfeiçoamento – Foto: André Queiroz/Divulgação

Por Paola Deodoro

No coração do mercado de beleza brasileiro, o cabeleireiro reposiciona seu lugar e se reafirma como agente de transformação social. A estrela do setor que movimenta cifras bilionárias e dita tendências para o mundo todo vai muito além de cortar, colorir ou tratar os fios. Por meio de investimentos em educação e estímulo ao desenvolvimento criativo, esses profissionais desempenham um papel fundamental no Brasil: encaminham conexões pessoais, ajudam a identificar estilos e fazem da experiência de beleza um processo transformador.

De olho nesse protagonismo, e na importância dessa posição na estrutura da sociedade, a gigante global Wella promove há 19 anos o Win, evento de inovação, interação e aperfeiçoamento que, nesta edição, reuniu cerca de 500 cabeleireiros do país inteiro em uma imersão de três dias na Costa do Sauípe, na Bahia, entre 1º e 4 de setembro.

A Wella Company promove há 19 anos o Win, evento de inovação, interação e aperfeiçoamento – Foto: André Queiroz/Divulgação

Dedicado a compartilhar conhecimento, celebrar as novidades e reforçar a importância da educação contínua no setor, o encontro tem uma programação poderosa, com workshops, desfiles, performances, experimentações práticas, experiências de marca e também uma programação específica para líderes de salão. Sempre com a ideia de conscientizar a categoria sobre a sua importância e posição estratégica.

“Em outras épocas os cabeleireiros mais estrelados faziam o que queriam nas clientes, aplicavam as tendências que viam em Paris sem analisar a funcionalidade ou a adequação. As pessoas tinham até medo de ir em salões mais famosos. Agora tem esse olhar novo, tem uma conversa profunda, uma troca, uma construção em conjunto sobre o trabalho que vai ser feito. E isso muda tudo, da experiência ao resultado”, pontua Nathalie Honda, CMO da Wella Company no Brasil.

Educação e escuta

Pensar em educação dentro da estrutura de negócio é uma estratégia de longo prazo, mas que movimenta de maneira permanente toda a cadeia. E um bom mecanismo de longevidade é conduzir cursos e treinamentos que não se restringem à técnica, mas que também dêem espaço para análise de gestão, presença digital e até mesmo construção de uma identidade profissional.

“O Win é uma iniciativa pensada para resumir todos os pilares da empresa: relacionamento, inspiração, ciência e educação. É um espaço para trocar, se atualizar e se conectar. O mercado de beleza é movido por relações e inspiração”, complementa Nathalie.

A constância desse modo de olhar para o mercado revela frutos potentes, como a relação da Wella com seu time de embaixadores. Para muito além de apresentar as coleções, os profissionais que fazem parte do squad levam sua expertise de maneira prática para o repertório da marca. “A linha de tratamentos para loiros descoloridos é assinada pelo Romeu Felipe, que é brasileiro e também um embaixador global. Ele alertou para um ponto que ainda não estava completo no portfólio e sugeriu que a gente desenvolvesse juntos uma fórmula que pudesse auxiliar no tratamento pós-coloração. Romeu foi diversas vezes para os laboratórios na Alemanha e assim nasceu o BlonderPlex, que primeiro foi lançado no Brasil e depois se expandiu para fora”, conta Guilherme Catarino, CEO da Wella Company Brasil. “Outro momento importante de interação foi a contribuição de cada um dos dez embaixadores da época – atualmente são 12 – na cartela de cores de Koleston Perfect, no ano passado. Cada um desenvolveu um tom para essa coleção especial que vinha com uma embalagem assinada”, acrescenta.

Todo esse processo de troca e identificação entre profissional e cliente é, inclusive, o mote da nova campanha global da marca, “Make It You”, lançada no palco do encontro na Bahia. A iniciativa celebra o cabelo como expressão de identidade e tudo o que surge a partir dessa interação. Em uma entrevista nos bastidores, Briana Cisneros, embaixadora global e convidada especial do evento – ela veio direto da Califórnia, nos Estados Unidos, para a Bahia – chamou atenção para a importância desse olhar: “A maioria das tendências de cor e corte podem ser usadas em todas as texturas de cabelo. Mas para que dê certo o profissional precisa estar ciente e considerar todas as diferenças e possibilidades. Saber manipular e adaptar diferentes fios é um passo importante para a manutenção da diversidade na beleza. Com a técnica correta e um pouco de consciência é possível ajudaras mulheres a se expressarem e a entender o que, de fato, a faz se sentir bonita”.

*Paola Deodoro viajou à convite da Wella Company Brasil