Foto: Arquivo Harper’s Bazaar

15 de setembro é o Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, um tipo de câncer no sangue, assim como a leucemia. Ele surge no sistema linfático, uma rede de pequenos vasos e gânglios linfáticos, que é parte tanto do sistema circulatório, como do sistema imune. Esse tipo de câncer afeta os linfócitos, um tipo de glóbulo branco essencial para o nosso corpo combater infecções e atinge predominantemente jovens adultos ativos. E, apesar do estresse e a exaustão do tratamento da doença serem expressivos, muitos estudos já comprovaram que a realização de atividades físicas é uma excelente maneira de os pacientes se sentirem mais ativos e lidarem com o impacto físico e emocional que o câncer provoca.

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De acordo com o educador físico Waldyr Maciel, personal e gestor técnico da academia Les Cinq Gym, além de aumentar a força muscular e óssea, a prática regular de exercícios também é capaz de melhorar a função cardíaca, reduzir a ansiedade e fadiga e como consequência, também aumentar a autoestima. O profissional orienta a importância de começar com uma rotina leve de exercícios e indo aumentando gradualmente a intensidade à medida que o paciente vai percebendo suas capacidades e limitações, sem exageros. “Já aqueles que se exercitavam com frequência antes da patologia, talvez seja preciso diminuir um pouco o nível de condicionamento físico durante algumas partes mais exigentes do tratamento do linfoma”, destaca.

No entanto, apesar de ser saudável permanecer o mais ativo possível durante o tratamento, se o paciente se sentir muito cansado ou fraco, até mesmo por causa das sessões de quimioterapia, é importante que não se esforce mais do que consegue. “O processo de passar por um linfoma é fisicamente exigente, por isso existe algumas alternativas para se manter ativo de maneira moderada, como realizar uma breve caminhada pelo bairro, subir e descer escadas, organizar a casa ou praticar uma atividade que o faça se sentir melhor como a jardinagem ou aeróbica”.

Na maioria dos casos, pessoas com linfoma podem participar das mesmas atividades físicas que as pessoas sem diagnóstico de câncer. No entanto, ouvir o que o seu corpo tem a dizer e seguir as instruções do médico é importante, isso porque pessoas com o linfoma podem apresentar fraqueza muscular, dormência nas mãos e pés devido à neuropatia periférica, risco de sangramento ou hematomas e falta de ar devido aos efeitos residuais da quimioterapia. “Contar com o apoio de um educador físico nesse caso é fundamental. Outra boa opção também é escolher exercícios em que seja menos provável se lecionar, como uma bicicleta ergométrica estável ou uma esteira na qual o aluno possa se segurar. Esportes de baixo impacto, como natação ou caminhada, geralmente são melhores escolhas do que esportes de contato, como lutas, por exemplo”, explica Waldyr Maciel.