
Nem todos os alimentos são benéficos para o funcionamento cerebral e a especialista lista alguns altamente prejudiciais – Foto: Getty Images
Uma Naidoo, psiquiatra nutricional e professora na Escola de Medicina da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, destaca através da ciência que a saúde mental e a alimentação estão interligadas, assim como o cérebro e o intestino. A especialista elucida essa forte relação com bases biológicas, ressaltando que o cérebro e o intestino se originam das mesmas células embrionárias e permanecem conectados ao longo do desenvolvimento humano.
Para manter uma saúde intestinal e cerebral em boas condições, a médica destaca a importância de alguns alimentos, como nozes, saladas com folhas verdes, abacate, açafrão e até mesmo chocolate amargo. Um estudo de 2019 com 13 mil adultos comprovou que pessoas que consomem chocolate amargo regularmente têm um risco 70% menor de apresentar sintomas depressivos.
Porém, nem todos os alimentos são benéficos para o funcionamento cerebral. A especialista sugere evitar o consumo de alguns se desejar manter a memória e o foco em alta. Além disso, ressalta: “Se você não consegue pronunciar um ingrediente ou não tem ideia do que seja, é melhor evitá-lo”.
Frituras:
Os alimentos fritos obviamente não ficaram de fora da lista da especialista. A “crostinha crocante” é prejudicial, e após uma análise com 18 mil pessoas, constatou-se que indivíduos com dieta rica em frituras obtêm notas menores em testes de cognição e memória. De acordo com Naidoo, o ideal é eliminar a fritura do cotidiano e substituí-la por alimentos preparados no vapor, assados e cozidos.
Ultraprocessados:
Consumidos em excesso, os alimentos ultraprocessados são extremamente perigosos para a saúde. “Podem colocar você em risco de ter telômeros mais curtos — ou o ‘limite’ em nosso DNA. Apresentar essas estruturas mais longas tende a promover o envelhecimento celular saudável”, afirma a médica. Telômeros mais curtos favorecem o aparecimento de doenças degenerativas, como o Parkinson.
Açúcar refinado:
A ingestão excessiva de açúcar prejudica o cérebro, especialmente a memória, afirma a médica de Harvard. Ela explica que o órgão, responsável por diversas funções, como memória, inteligência, raciocínio, linguagem e comportamento, utiliza energia na forma de glicose, isto é, um tipo de açúcar, para alimentar as atividades celulares, mas o uso sem controle é altamente prejudicial.
Adoçantes artificiais:
Comprovadamente ruins para a saúde e bem-estar, os alimentos adoçados artificialmente, segundo Naidoo, podem aumentar as bactérias intestinais “ruins”. Ela sugere a troca por mel ou açúcar de coco e ainda ressalta que o uso de adoçantes pode afetar negativamente o humor.
Óleos industriais e processados:
Extraídos costumeiramente de cártamo, soja, milho e sementes de algodão, os óleos ultraprocessados são prejudiciais. De acordo com Naidoo, o ômega 6 presente nesses óleos é uma substância com efeitos negativos para o organismo humano.