Amy Adams interpreta Anna Fox no drama psicológico A Mulher na Janela, que acaba de estrear na Netflix. Dirigido por Joe Wright e com participação de Julianne Moore, a protagonista do novo filme da plataforma de streaming sofre de agorafobia, um transtorno que a impede de sair na rua. E ela também não tem muita certeza se o que está vendo são imagens reais ou coisas da sua cabeça, como pode ser visto no trailer e no vídeo da entrevista exclusiva à Bazaar.
Como a personagem não pode sair na rua e tudo acontece no seu apartamento, questionamos Amy se ela gosta de dar aquela espiadinha pela fresta da janela. “Às vezes, se estou em um lugar novo, adoro passear à noite e ver as pessoas quando estão chegando em casa (Isso é péssimo!)”, ri. “Você pode vê-las andando pela casa, porque as janelas estão todas abertas. É surreal imaginar como é a vida delas. E me faz sentir muito conectada. Por conta dessa energia por trás das portas fechadas. E eu, definitivamente, senti que já fui observada. Quase certeza.”

O longa é uma adaptação do best-seller homônimo, de A.J. Finn, e a construção da personagem vem da vivência da própria atriz e sua relação com a ansiedade. “Não tão intensa quanto a da Anna, que me deu ideia de como podemos classificar nossas crenças. O diálogo que estamos falando constantemente para nós pode se tornar nossa verdade. E como é importante ter uma comunidade que ajude a fundamentar quem você é”, conta Amy. Leia a íntegra da conversa com os dois:
Amy, o filme é baseado em um best-seller homônimo. Você leu o livro ou quis dar outra perspectiva ao interpretar a Anna Fox?
Li o roteiro antes, mas se um roteiro é baseado em um livro, gosto de ler o livro. Principalmente porque há apenas uma parte do diálogo interno de um personagem no roteiro. Então, é bom saber qual é a intenção do autor. Estava muito animada com o roteiro que foi colocado em minhas mãos e a forma como iríamos retratá-la. Foi bom ter o livro como guia. O que mais amei era o jeito dela e como havia tanta coisa acontecendo ao seu redor. O que estava sentindo nessa realidade fragmentada era algo, realmente, fascinante.

Joe, por que as pessoas devem assistir ao filme? Alguma curiosidade sobre este longa que devemos ser alertados?
Não posso dizer o que as pessoas devem fazer (risos). Elas têm de assistir porque querem e isso será ótimo. Não acredito na palavra “devem”. Acredito que as pessoas terão um ótimo momento ao assistir o filme. Tento fazer filmes que são puro entretenimento, instigam e engajam. Mas também faço filmes que conseguem ser mais profundos e criam uma conexão entre quem está em cena e o público. Espero que possamos trocar um pouco de humanidade.
O que foi mais desafiador na composição desta obra?
O mais desafiador neste filme, que foi todo gravado em uma casa, foi transformá-lo interessante cinematograficamente.

Edição de vídeo: André Aloi e Felipe Rodrigues (@pheanacleto).
Agradecimentos: Netflix e Ágora Comunicação