Retrato oficial de Andrea Pinheiro para Bienal de São Paulo (Foto: Levi Fanan/Divulgação)

Andrea Pinheiro é a nova presidente da Fundação Bienal de São Paulo, eleita pelo Conselho de Administração da Fundação nesta terça-feira (12.12), ocupando o lugar que até o fim do ano é de José Olympio da Veiga Pereira. A presidente afirma que o propósito da sua gestão vai além de trazer a arte para perto: “É educar e inspirar nossos novos frequentadores.” O mandato tem vigência de dois anos, com possibilidade de reeleição, estendendo-se por mais dois. A posse está marcada para 2 de janeiro de 2024, com a missão de intensificar o papel educativo e formador da instituição, além de criar um comitê colegiado para fazer a seleção curatorial da 36ª Bienal de São Paulo, que acontece em 2025.

Para Andrea, a Bienal de São Paulo se coloca como uma janela que não apenas conduz a novos horizontes, mas também incita à reflexão sobre aquilo que nos constitui. “Ao compartilhar a diversidade da arte global e brasileira, ela se abre para um público tanto nacional quanto internacional. Em contraste com outras bienais, mais direcionadas a especialistas, a Bienal de São Paulo acolhe calorosamente apreciadores de eventos culturais, bem como aqueles que estão dando os primeiros passos no vasto universo das artes”, diz, em nota. “Mais do que um simples evento, a Bienal de São Paulo representa uma oportunidade única de transformação, renovando-se a cada dois anos e exercendo uma influência singular sobre a percepção daqueles que se aproximam dela.”

Ela inicia o mandato com a diretoria executiva parcialmente renovada: passam a integrar o colegiado Roberto Otero e Solange Sobral. Permanecem na instituição Ana Paula Martinez, Francisco Pinheiro Guimarães, Luiz Lara e Rita Drummond. A primeira vice-presidente será Maguy Etlin, membro do Conselho de Administração da Fundação Bienal desde 2019, no qual tem atuado como coordenadora do Comitê Internacional e presidente do Conselho Consultivo Internacional.

Mais recente Bienal teve fim no último domingo (10.12) | Foto: Levi Fanan/Divulgação

Novos rumos

Para o biênio 2024-2025, estão programados projetos como as mostras itinerantes da 35ª Bienal de São Paulo, que chegarão ao número recorde de 11 cidades brasileiras e quatro estrangeiras, bem como a participação do Brasil na 60ª Bienal de Veneza e na 19ª Bienal de Arquitetura de Veneza, que acontecem a partir de abril do próximo ano; a continuidade das ações de catalogação e conservação do Arquivo Histórico Wanda Svevo. A mais recente exposição do colegiado acabou no último domingo (10.12), com quatro curadores: Manuel Borja-Villel (historiador da arte); Grada Kilomba (artista multidisciplinar, escritora e teórica); Diane Lima (curadora independente, escritora e pesquisadora) e Hélio Menezes (antropólogo, crítico e pesquisador).

Famoso vão da Fundação Bienal, no Ibirapuera (Foto: Divulgação)

Quem é Andrea

Com mais de 30 anos no mercado financeiro, Andrea Pinheiro, ex-sócia-fundadora do BR Partners, tem experiência em governança, alta gerência e liderança. Graduada e com MBA em Administração pela Universidade de Nova York, especializada em Governança Corporativa pela Wharton School. Diretora da Fundação Bienal de São Paulo de 2019 a 2022, é embaixadora da Endeavor e conselheira do MASP, da Vivo e do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).