Cinco best-sellers para não deixar os lençóis no mês dos namorados

Em um relacionamento ou não, junho pode trazer consigo aquela preguiça de sair da cama e lidar com todas as homenagens românticas e as baixas temperaturas que se aproximam. O ideal parece ser pegar uma coberta e se esconder do mundo exterior com apenas a companhia de histórias fictícias completamente autoindulgentes, romantizadas e capazes de fazer você se esquecer de qualquer problema pessoal.

Uma comédia romântica cinematográfica sobre como a garota desengonçada ganhou o coração do cara mais popular do colégio até que, muitas vezes, parece o conforto ideal para o longo mês dos apaixonados. Mas, sejamos honestos, estamos precisando de algo mais duradouro do que o relacionamento relâmpago de um filme de noventa minutos. Por isso, a Bazaar lista cinco livros best-sellers que farão você desejar, se emocionar e questionar qual é o amor que realmente procura em sua vida. Se prepare para encher a prateleira!

“Conversas entre amigos”, Sally Rooney

Rainha dos jovens apaixonados e angustiados, a autora irlandesa Sally Rooney estourou quando a adaptação para televisão de seu livro “Pessoas Normais” estreou no início de 2020. Com o mesmo espírito do seu maior sucesso, “Conversas entre Amigos” é uma obra que explora o sentimentalismo e a complexidade do amor a partir de personagens sensíveis e, ao mesmo tempo, intensos.

A protagonista da obra, Frances, é uma jovem, com diversas questões e dificuldades pessoais, que se envolve em uma relação complicada entre a ex-namorada, Bobbi, e um casal mais velho, Nick e Melissa. Escrito em primeira pessoa, é impossível não se envolver com a trama que mistura a delicadeza do amor com a franqueza da paixão. Ao longo do romance, Frances é forçada a lidar com as próprias inseguranças, além de adentrar um misto amoroso de segredos, desejos e escolhas difíceis.

“Conversas entre amigos” também ganhou a sua adaptação televisiva, mas é indicamos adentrar esse mundo pela literatura. Por ser uma escrita que te coloca dentro da cabeça da personagem de maneira tão explícita, a melhor maneira de entender com clareza os pensamentos incômodos e atormentados de Frances é navegando pelas palavras ricas de Rooney.

“Já que você perguntou”, Elissa Sussman

Esperto nos diálogos e em seu enredo, “Já que você perguntou” de Elissa Sussman foi um sucesso imediato internacionalmente e, este ano, ganhou sua tradução para o português. A obra segue a relação complicada entre uma jornalista, Chani, e um ator, Gabe, durante um fim de semana em que ela foi escalada para escrever um perfil sobre ele. Como o mais novo James Bond, Gabe não tem conquistado o suporte do público e essa matéria é vista como o jeito certo de solucionar isso. Por meio de cenas que são de acelerar o coração de qualquer um, os dois se envolvem de uma maneira muito mais intensa do que seria considerado profissional.

O livro, além disso, explora o reencontro dos dois dez anos após o decisivo fim de semana. E, é claro, o clima entre eles está quase tão escandaloso quanto antes. Menos ingênuos e com mais experiência de vida, é interessante ver como as relações humanas mudam e, ao mesmo tempo, ficam as mesmas ao longo do tempo.

A história de Chani e Gabe é perfeita para quem quer mergulhar no mundo de fofocas hollywoodianas e em um romance feito para as telas de cinema. Com passagens divertidas, angustiantes e adoráveis, a obra de Elissa Sussman é a mais nova comédia romântica que fará você se apaixonar pelos personagens e berrar com a cara no travesseiro de nervoso.

“Cleópatra e Frankenstein”, Coco Mellors

“Cleópatra e Frankenstein” é aquele tipo de obra que você julga pela capa- positivamente e sem arrependimento. É impressionante que esse seja o romance de estreia de Coco Mellors, já que o seu jeito com as palavras parece mais de um autor renomado e experiente do que de uma iniciante. A obra comprova, porém, que a autora está aqui para ficar, já virando a queridinha de diversos adoradores de literatura.

O romance é sobre a história de amor conturbada entre Cleo, uma pintora britânica de vinte e poucos anos, e Frank, um homem mais velho com quem se casou para conseguir a sua cidadania norte-americana. Uma jovem insegura e misteriosa, Cleo se vê presa nas garras de suas emoções e da dependência alcoólica do marido. Bem-sucedido, porém indeciso e descuidado, Frank oscila entre os seus próprios desejos e a necessidade de se mostrar o bastante para sua nova mulher.

Com uma densidade humana de arrepiar, “Cleópatra e Frankenstein” navega pela relação do novo casal – entre si e com aqueles próximos de suas vidas. O romance lida com questões como insegurança, dependência, traição e orgulho, e é uma verdadeira demonstração de como viver é, ao mesmo tempo, doloroso e belo. Possuindo a força emocional e literária para virar um dos grandes clássicos dessa geração, a trama é simplesmente imperdível.

“Os Sete Maridos de Evelyn Hugo”, Taylor Jenkins Reed

Com uma adaptação cinematográfica já confirmada, “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo” é um sucesso estrondoso entre os amantes de literatura. Faça o teste: em qualquer livraria que você entrar, a probabilidade dele estar na prateleira de mais bem vendidos é grande. E, se não estiver, tenha certeza de que “Daisy Jones & The Six”, livro da mesma autora, estará.

Nesta ficção, Taylor Jenkins Reed cria uma estrela do cinema antigo – uma mistura glamorosa de Marilyn Monroe, Rita Hayworth e Elizabeth Taylor. Agora, coloque isso em um livro cheio de fofocas, confissões e detalhes. Há quem chegue a pesquisar se Evelyn Hugo realmente existiu da forma tão minuciosa que o livro é escrito.

No enredo, acompanhamos uma jornalista que foi escolhida a dedo para ser a pessoa a escrever a biografia contar a história inteira da estrela. E, dessa vez, ela não deixa nada em branco. O resultado é um relato de sua vida em Hollywood, confessando segredos e sacrifícios que fez em sua vida amorosa em nome da carreira.

Cativante, surpreendente e emocionante, “Os sete maridos de Evelyn Hugo” é um livro que com certeza vai prender a sua atenção até o último segundo.

“Leitura de Verão”, Emily Henry

“Leitura de Verão” é aquele clássico romance em que dois opostos que se conhecem, se odeiam inicialmente e depois acabam se apaixonando. Quem consegue resistir a isso? Expert em escrever o tipo de livro que faz todos os seus leitores almejarem por um amor digno de uma comédia romântica, Emily Henry consegue fazer o bloqueio criativo de dois autores virar um cúpido aleatório e divertido neste best-seller.

A história segue January, uma autora romances, e Gus, que escreve livros considerados mais sérios. Os dois, anos antes, haviam se conhecido na faculdade e, aparentemente, se odiado desde a primeira aula que tiveram juntos. Agora, em uma pequena cidade quase deserta nos Estados Unidos, os escritores se encontram vizinhos um do outro – ambos planejando escrever os seus próximos livros durante o verão. Desiludida pelo amor, January não consegue colocar uma palavra no papel. E Gus tampouco se sente inspirado para escrever a sua obra com uma temática filosófica.

Como uma brincadeira sacana do destino, os dois parecem ter sido colocados no mesmo lugar para ajudar um ao outro. Uma aposta é criada pelos dois: Gus escreverá um livro digno de um final de conto de fadas, enquanto January escreverá uma obra obscura e densa. Não tem como isso fazer ambos se aproximarem e criarem um laço afetivo um com o outro, tem? Cheio de discussões engraçadas, momentos sentimentais e romance, “Leitura de Verão” é perfeito para quem procura um livro divertido como companhia para o mês mais romântico do ano.