Dua Lipa transformou a sua paixão pela leitura em um clube do livro mensal – Foto: Reprodução/Instagram/@dualipa

Conhecida por seus hits animados, voz poderosa e estilo sensual, Dua Lipa rapidamente se tornou uma grande estrela do mundo da música. Como toda artista, a cantora se rodeia de inspirações para compor suas canções e, é claro, se distrair, principalmente os livros. A paixão de Dua pela leitura não é nenhuma novidade e extrapolou seu momento de relaxamento, tornando-se um clube do livro mensal.

Por meio da Service95, plataforma de conteúdos de arte, estilo e sociedade criada pela própria cantora e que se descreve como “concierge cultural”, Dua Lipa elege mensalmente uma obra para a leitura coletiva. Além disso, o site disponibiliza conteúdos extras sobre cada um dos livros, incluindo entrevistas com autores, playlists e indicações de obras semelhantes.

Criado em junho de 2023, o clube do livro já teve 13 edições e busca passear por diferentes gêneros, de lançamentos a clássicos, de ficções a manifestos. “Ler um livro é um dos prazeres mais profundos da vida. A leitura proporciona escapismo, uma forma de entender as conexões humanas e nos ajuda a navegar pelos relacionamentos. Pelas páginas de um livro, posso ir a lugares que nunca fui e sentir como se tivesse vivido lá uma vida toda”, disse a cantora na época do lançamento do projeto.

Para celebrar o aniversário de Dua Lipa – que completa 29 anos nesta quinta-feira (22.08) –, destacamos algumas obras escolhidas pela cantora e os motivos pela qual ela escolheu cada uma:

“Pachinko”, Min Jin Lee

Dua Lipa com sua edição de “Pachinko”, Min Jin Lee – Foto: Reprodução/Instagram/@dualipa

“Não consegui largar esse livro… é bastante longo, mas prometo que você vai devorá-lo. É uma saga envolvente ambientada na Coreia e no Japão que acompanha a trajetória de uma família coreana ao longo de quatro gerações e oito décadas. Durante a leitura, aprendi muito sobre a anexação da Coreia e o colonialismo japonês no início do século XX. Se isso parece pesado – não se preocupe, não é. Fiquei completamente absorvida pelos personagens e, na verdade, é tão envolvente que você vai querer mais”, revela Dua no site do projeto.

“Meio Sol Amarelo”, Chimamanda Ngozi Adichie

Dua Lipa com sua edição de “Meio Sol Amarelo”, Chimamanda Ngozi Adichie – Foto: Reprodução/Instagram/@dualipa

Em agosto de 2023, a obra de Chimamanda Ngozi Adichie foi a escolhida pela cantora. A história, que acontece nos anos 1960, mistura ficção e realidade ao acompanhar cinco episódios durante a Guerra Civil da Nigéria. Como lembra Dua Lipa ao indicar o livro, além de contextualizar um momento determinante da história moderna de África, Chimamanda consegue captar os leitores nos romances de Olanna e Odenigbo e de Kainene e Richard.

“Achei fascinantes as diferentes perspectivas deles sobre relacionamentos, incluindo como cada um lidava com amor, ciúme, infidelidade e perdão”, completa Dua.

“Só Garotos”, Patti Smith

Dua Lipa com sua edição de “Só Garotos”, Patti Smith – Foto: Reprodução/Instagram/@dualipa

Como a própria Dua Lipa diz sobre uma de suas heroínas pessoais, “é difícil definir Patti Smith – ela é cantora, compositora, poeta, pintora e, claro, autora. Podemos dizer que experimentamos um pouco de todas essas pessoas através deste lindo livro. Sua duradoura história de amor [com Robert Mapplethorpe] forma o coração caloroso deste livro, e ao longo da narrativa, encontramos artistas e músicos como Andy Warhol e Janis Joplin, gigantes literários como William Burroughs e Allen Ginsberg, sem falar das drag queens e socialites que passam pelas portas do Chelsea Hotel. Adoraria ter feito parte de uma era tão cool. Patti nos dá a próxima melhor coisa – possivelmente o relato mais fascinante de Nova York nos anos 1970 já escrito.”

“Cem Anos de Solidão”, Gabriel García Márquez

Dua Lipa com sua edição de “Cem Anos de Solidão”, Gabriel García Márquez – Foto: Reprodução/Instagram/@dualipa

Passeando por gêneros e países, Dua Lipa desembarca na América Latina com a obra do colombiano Gabriel García Márquez. Segundo a cantora, “Cem Anos de Solidão” a colocou sob um sob um encanto, a deixando cativada pelos elementos fantásticos que coexistem com a realidade. Para além da obra, a artista confessa que, no meio do caminho, se viu refletindo sobre amor, guerra, laços familiares e, é claro, os muitos significados da solidão.

“Nadando no Escuro”, Tomasz Jędrowski

Dua Lipa com sua edição de “Nadando no escuro”, Tomasz Jędrowski – Foto: Reprodução/Instagram/@dualipa

“É uma linda história de amadurecimento e amor ambientada contra o brutal cenário político da Polônia Comunista, na década de 1980. Os jovens amantes Ludwik e Janusz passam um verão idílico acampando e nadando em lagos, mas, quando chega a hora de voltar para Varsóvia, os compromissos morais que terão que fazer para continuar seu romance proibido se tornam evidentes. Tomando a forma de uma carta de amor de Ludwik para Janusz, ler este livro é um pouco como espionar os momentos mais íntimos de auto-descoberta de alguém. É poético e terno, ardendo com uma raiva silenciosa pela perseguição que a comunidade LGBTQIA+ na Polônia sofreu por décadas e continua a enfrentar hoje”, escreve Dua sobre sua escolha de maio deste ano.