
Dulce María lançou na última semana a versão de seu primeiro álbum como artista independente, “Origen” – Foto: khristio
Muito tem se falado nas redes sociais sobre uma possível turnê do RBD em 2023. Quando soube que eu entrevistaria Dulce María, era impossível deixar de perguntar se o grupo realmente vai se reencontrar nos palcos em 2023, 15 anos depois do último show.
Sem mais delongas, vamos ao que todo mundo quer saber: a eterna Roberta parece estar esperando por isso tanto quanto os fãs. “Vamos pedir ao universo, ver o que ele deseja, para ver o que vai acontecer em 2023. O que eu acho mais bonito é poder estar perto das pessoas, estar em contato, e sei que as pessoas esperam isso desde 2008, que foi o último show”, afirma.
Até que a notícia se confirme com um anúncio oficial, ela está colocando sua energia em sua carreira solo. Na última sexta-feira, lançou a versão Deluxe do álbum “Origen”, seu primeiro como artista independente, e se prepara para seu retorno como protagonista de novela. Em março, ela estreia a novela “Pienso em Ti”, no horário nobre da televisão mexicana, ao lado do estrelado David Zepeda.
Na trama, como na vida real, ela segue conectada com a música. “Minha personagem [Emilia] é uma mulher que tem um sonho, que é cantar, e vai contra todos que a dizem que não. Ela acredita que nunca é tarde para seguir seus sonhos”, conta. “É uma personagem muito bonita, muito positiva, e o trabalho ainda se mistura com a música. Tem uma canção que chama ‘Pienso en Ti’. Então para 2023 esse é o primeiro projeto que tenho. É o projeto mais importante, que ainda estou gravando.”

Foto: khristio
Assim como ensina a personagem que marca seu retorno às novelas, Dulce María, que completou 37 anos na semana passada, acredita que o tempo a ensinou a valorizar mais a vida e seus próprios sonhos. “Me sinto mais madura, sinto que a maternidade me mudou, me deu muita força. A pandemia também, e tudo isso fez a gente se dar conta de que a vida é um presente e que temos que vivê-la, lutar pelos seus sonhos, que temos que nos validar, lutar e defender nossas ideias, nossas famílias, nossas prioridades.”
O lançamento de seu álbum foi a concretização desse momento. “Era um sonho que eu tinha desde criança, um sonho muito grande que me custou muito trabalho. É algo muito pessoal e menos comercial.” Em outras palavras, eu projeto que só se tornou possível porque, como artista independente, ela tem controle sobre cada pedacinho da arte que coloca no mundo.
Essa liberdade criativa sobre sua arte, ela ressalta, não tem preço. “Poder fazer as coisas do seu jeito, no seu tempo, com quem você quiser, lançar as músicas que você quiser, sem ficar pensando que X coisa não está na moda, que essa música não vai funcionar… Simplesmente trazer o que você quiser de coração, e poder escolher o nome das músicas, do álbum, as fotos que você quiser, os shows que você quiser fazer, tudo isso me encanta, dou muito valor a toda essa parte de processo criativo”, diz. “Já outra parte de logística, de documentos, de papéis, isso eu não gosto [risos]. Não entendo muito, mas todo o resto sim”, brinca.

Foto: khristio
Nesse processo de evolução como artista e pessoa, é lindo ver a proximidade com os fãs e carinho que ela mantém por todos que a acompanham. “Nesse tempo que eu mudei, que tomei decisões que surpreenderam essas pessoas num primeiro momento, eles sempre me apoiaram e cresceram junto comigo também.”
“Acredito que sempre vai existir essa nostalgia, e que ninguém goste que seus ídolos cresçam e mudem, mas também, se com essas mudanças eles crescem não somente fisicamente, mas seus trabalhos, suas músicas, em diferentes áreas, acredito que os fãs também crescem. E devemos agradecer que crescemos. E não somente em questão física, mas de espírito, em cultivar nossa mente, nossa criatividade, e sermos melhores pessoas também.”