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Criando uma experiência dinâmica na Refresco, no Rio de Janeiro, Fernanda Liberti ocupa o espaço da galeria com a exposição “Mutações”. A artista recebe Vinicius Gayheim, Thadeu Dias, Manoela Bencze e Mariana Honório com a proposta de que intervenham em suas obras.

Esse grupo de artistas convidados tem um pensamento formal que vem principalmente da pintura. Por isso os movimentos de “Mutações” também envolvem uma experimentação com o encontro de diferentes construções visuais, a partir de linguagens com suas especificidades. Isso porque a prática de Fernanda é voltada à fotografia.

O conjunto de trabalhos expostos na ocasião refletem a trajetória de Liberti na última década. São imagens de corpos, frutas, paisagens (naturais ou inventadas) e texturas que compõem um caleidoscópio de sensações, sonhos e vivências que saem do inconsciente e agora se propõem a sair do papel unidimensional.

A proposição tem inspiração em “O exorcismo da última pintura que eu fiz”, obra de Tracy Emin, de 1996, quando a artista em questão se propôs a viver um mês dentro de uma galeria enquanto produzia e acontecia simultaneamente sua exposição. Nesse caso, o processo também consistia na própria mostra, que se tornará em Mutações algo abertamente mutante e vivo, com uma expansão contínua que se abre entre diferentes expressões.