Jarid Arraes retrata a cultura caririense através da literatura

Foto: Divulgação

Por Baárbara Martinez

Mulher, nordestina e comunicadora. Se hoje ainda é difícil sobreviver a esse três estigmas no Brasil, imagine no século passado, quando a escritora cearense Rachel de Queiroz lançou suas principais obras. Orgulho do Brasil e do Ceará, ela, que faleceu em 2003 aos 92 anos, segue sendo uma das grandes referências da literatura brasileira e, principalmente, para a nova geração de escritoras que estão ganhando cada vez mais espaço dentro e fora do País. Como é o caso de Jarid Arraes.

SIGA A BAZAAR NO INSTAGRAM

Autora de “As Lendas de Dandara”, “Heroínas Negras Brasileiras em 15 Cordéis”, “Um Buraco com Meu Nome” e “Redemoinho em Dia Quente”, com o qual concorreu ao Jabuti e ganhou tantos outros prêmios, a também como cordelista e poeta, nasceu em Juazeiro do Norte, na região do Cariri.

A escritora ressalta a importância do reconhecimento da região através da arte, que impulsiona o vocabulário caririense, as cores da terra, paisagens, texturas e cultura local. “Histórias como essa fizeram falta enquanto eu crescia e começava a me relacionar com a literatura. Ver personagens que falam como nós falamos, em cenários que reconhecemos, é muito importante.”

Atualmente vivendo em São Paulo, onde criou em 2015 o Clube da Escrita Para Mulheres, possui mais de 70 obras publicadas e segue apoiando e estimulando outras escritoras. Sob o selo Ferina, e com sua edição, lançou a antologia “O Olho de Lilith”, feita somente com poetas cearenses.