
Luedji Luna| Foto: Bazaar Brasil
Uma das maiores artistas da nova geração da música brasileira, Luedji Luna traz consigo uma voz poderosa e uma sensibilidade única, que ecoam nas letras profundas de suas canções. Com raízes e influências profundas que variam do samba ao jazz, a cantora é uma força criativa que tem conquistado o coração dos amantes da música em todo o país e além de suas fronteiras. Em ensaio exclusivo na Bazaar de Outubro, a artista detalha como a jornada artistica no cenário musical contemporâneo influenciou sua vida através de histórias, emoções e conexões culturais.
Último disco
Em plena pandemia, a Luedji lançou o segundo disco “Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água”, gravado no Quênia ao lado do produtor e guitarrista queniano Kato Change. A experiência misturou estilos neo-soul, R&B e o jazz. Com essa coragem de encarar o novo, ela afirma que pretende cada vez mais alcançar novos voos. “Estou cheia de si e muito segura do que quero profissionalmente. Cada dia e a cada disco, descubro a maturidade na minha carreira e na minha voz…”, afirma. Essa vivência fez com que a sua confiança crescesse cada vez mais. “Não trocaria quem eu era aos 18 anos, mas a acolho e compreendo. Tinha dúvidas, medo, negou a música até os 27, trocando pelo direito. Mas não trocaria jamais. A Luedji de 36 está pleníssima (risos)”.
Maternidade
Ela não nega que uma das maiores transformações em sua vida foi dar à luz ao filho Dayo, de seu relacionamento com o rapper gaúcho Zudizilla. Esse momento importantíssimo em sua vida refletiu em outras áreas na sua vida. “Madura, cheia de si e segura. Sei o que quero da carreira e isso se reflete nos discos. A maternidade me deu um senso de responsabilidade e amadureceu ainda mais. Me ensinou a colocar limites, a me impor e, definitivamente, dizer não. Transformador em todos os meus processos”, disse. “Minhas próprias experiências, escolhas foram moldando essa mulher de 36 anos. Mãe, cantora, compositora e empresária, que sou agora. Essa identidade não é estanque, não vai se transformar, mas se solidifica, ano após ano, e se alicerça no passado. Mas, sempre em construção”.
Raízes
Filha de dois funcionários públicos (com a mãe economista e o pai historiador), a cantora é grata pela rica criação que recebeu, que refletiu em sua rica bagagem e força. “Identidades múltiplas e em construção. Me referencio pelos meus pais, dois jovens que se conheceram em um contexto de militância negra, em Salvador, e me deram o nome de uma rainha africana”, comenta ela, que acredita em. seu caminho em plenos pulmões. “A fé, para mim, é um motor. Capaz de materializar o impossível, intangível, invisível. É extremamente poderosa”, confessa.