
“Relatos Selvagens” – Foto: Reprodução
Em 2014, o cinema foi agraciado com filmes de grande impacto. Foi neste ano que, “Gravidade”, filme mais comercial de Alfonso Cúaron, passou o rodo no Oscar. Na mesma premiação, “12 Anos de Escravidão” levou o Melhor Filme. Outras obras como “O Lobo de Wall Street”, “Trapaça” e “Ela” marcaram o período. No entanto, o impacto foi tão grande que só se falava de “Relatos Selvagens”, longa argentino com produção de Pedro Almodóvar e direção de Damián Szifron, que conta seis histórias vividas por diferentes personagens que perdem o controle e buscam por vingança. Na tela, a selvageria ganha destaque e atravessa a linha do que divide a civilização da brutalidade, escancarando o que há de menos humano no ser humano. Inclusive, o filme abriu a 38ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e concorreu a Melhor Filme Estrangeiro no Oscar de 2015, em que foi “Ida”, da Polônia levou a melhor.
Produzido também por Hugo Sigman e Agustín Almodóvar, com Matías Mosteirin e Esther García Rodriguez atuando como produtores executivos, a impressão foi que a produção ficou nos cinemas brasileiros por muito tempo, até porque a onda do streeming não era tão forte no período. No entanto, o período de exibição no Belas Artes, não o suficiente para evoluirmos como sociedade e o longa é mais atual do que nunca. O marco foi tão grande que ir em casamentos nunca foi mais a mesma coisa ou receber uma multa de transito.
Agora, no final de 2024, o longa argentino volta aos cinemas 10 anos após seu lançamento e poderá ser visto até 4 de dezembro. Para quem ainda não viu, a atividade é quase obrigatória. Para quem já viu, vale rever novamente com a atmosfera do cinema. O clássico argentino tem seu elenco constituído por Ricardo Darín, Oscar Martínez, Leonardo Sbaraglia, Darío Grandinetti, Rita Cortese, Erica Rivas e Julieta Zylberberg.

