O quadro “El sueño (la cama)”, de Frida Kahlo, foi arrematado por US$ 54,7 milhões – Foto: Getty Images

Esta quinta-feira (20.11) entrou para a história do mundo das artes. A noite foi marcada por um momento que fica na história: Frida Kahlo se tornou a mulher com a obra mais cara vendida no mundo. O quadro “El sueño (la cama)” – em português, “O sonho (a cama)” –, autorretrato de Frida adormecida em uma cama, sob um esqueleto envolto por dinamite, foi arrematado por US$ 54,7 milhões (mais de R$ 294 milhões).

O recorde anterior pertencia à “Jimson Weed / White Flower No. 1”, de Georgia O’Keeffe, obra vendida em 2014 por U$ 44 milhões (cerca de R$ 237 milhões). Além de ultrapassar o patamar mundial, a artista mexicana também supera sua marca anterior, de US$ 34,9 milhões (mais de R$ 188 milhões).

Já “El sueño (la cama)”, datado da década de 1940, foi vendido pela primeira vez em 1980, quando, após uma disputa acirrada entre dois colecionadores, foi arrematada por US$ 51 mil (cerca de R$ 274 mil) – ou seja, sua nova venda supera a inicial em mais de mil vezes.

Considerada uma das maiores pintoras do último século, este autorretrato é considerado uma das obras “psicologicamente carregadas” de Frida, segundo a Sotheby’s, já que foi pintado no ano em que seu ex-amante foi assassinado, logo após seu divórcio e novo casamento. A obra é uma das poucas pinturas da artista disponíveis no mercado público desde que as autoridades mexicanas declararam suas obras como monumentos artísticos na década de 1980, impedindo sua exportação sem autorização.