Oito marcos de estilo de Mick Jagger

“Please allow me to introduce myself, I’m a man of wealth and taste”, escreveu Mick Jagger com Keith Richards na canção “Sympathy for the Devil”, do Rolling Stones. Claro que o personagem sendo introduzido é um com um histórico bem mais intenso do que o homem que canta, mas a frase ainda continua sendo algo que consegue definir o astro de rock quase perfeitamente. Um homem de fortuna e bom gosto – esse é Mick Jagger. Se adicionar palavras como talento e star quality, pode-se atingir quase um resumo perfeito do homem que, por mais de sessenta anos, tem ganhado o coração de milhares de fãs com suas apresentações e músicas.

Em homenagem ao artista completo que é Mick Jagger, a Bazaar destacou oito marcos na carreira dele que provam todo o seu estilo requintado e atemporal.

1. Sua participação no filme “Performance”

O filme dirigido por Nicolas Roeg e Donald Cammell é como uma máquina do tempo um tanto satírica e exagerada para os conturbados anos sessenta cheios de “sexo, drogas e rock’n’roll”. Nele, Mick Jagger faz um roqueiro recluso e excêntrico – que, por sua vez, entrega monólogos, poses e figurinos de ficar na memória do cinema underground e da música. Por ironia, o par romântico nesse filme é Anita Pallenberg, a conhecida musa dos Rolling Stones que teve uma relação tanto com Brian Jones tanto com Keith Richards. Haja retrato mais consciente de si do que esse filme psicodélico e estranho!

2. Os visuais ousados nos palcos

Inspirando artistas de hoje em dia como o adorado Harry Styles, Mick Jagger utilizou mais looks impecáveis e memoráveis do que seria possível contar em seus oitenta anos de vida. Uma coisa é certa: se você já teve sorte de ir a um show dos Stones, com certeza se impactou com a magnitude do visual utilizado pelo cantor. Se aproveitando de decotes, paetês, skinny jeans, macacões e colantes, Mick Jagger sempre entregou roupas que puxavam as barreiras fashions de sua época e traduziam a sua aura perfeitamente.

3. O star quality desde o início da carreira

Todos os membros de The Rolling Stones sempre foram e sempre serão todos icônicos e marcantes de suas únicas maneiras, mas não podemos negar que a face da banda é Mick. De uma simpatia impactante até seus movimentos sensuais (quem se lembra da música “Moves Like Jagger”, do Maroon 5?), o front man dos Stones tem um star quality tão enorme e hipnotizante que poderia até patentear o termo se quisesse.

4. Os cortes de cabelo que viraram tendências atemporais

Quase tão memorável quanto os seus famosos lábios, os cortes de cabelos de Jagger são inspiração nos salões de beleza até hoje. Se não acredita, veja como o seu próprio filho brasileiro, Lucas Jagger, possui um corte que lembra muito do cabelo que o pai usava em sua idade. Despojado, longo e rebelde, os cachos de Mick foram evoluindo durante os seus anos no spotlight mas nunca deixaram de ser uma das marcas registradas do cantor.

5. Sua relação com Marianne Faithfull

Antes de roqueiros e suas musas atuais como os queridinhos da era da internet como Alex Turner e Alexa Chung ou Jesse Rutherford e Devon Lee Carlson, tivemos Mick Jagger e Marianne Faithfull. Dentre autos e baixos que os anos sessenta foram para o mundo da música, a relação entre os dois cantores entrou para a história como uma das mais chamativas, interessantes e esteticamente agradáveis de se observar. Cheios de estilo e babados que paravam na primeira página dos jornais, a relação entre Mick e Marianne não poderia deixar de entrar em nossa lista!

6. Os seus olhos destacados com maquiagem

Se tem uma coisa que Mick sempre soube fazer além de escrever poeticamente e se apresentar de uma maneira hipnotizante, é destacar a sua beleza natural. Para acentuar as suas feições já bem marcantes como a boca carnuda e as maçãs do rosto, o rock star aprendeu a pintar as pálpebras dos olhos. Com a área colorida e brilhante, Mick conseguia fazer o seu visual ultrapassar o título de “surpreendente” para algo que só pode ser descrito como “exotérico”.

7. A parceria com Keith Richards

Marianne Faithfull, em seu livro “Faithfull: An Autobiography”, descreve o relacionamento entre os dois Stones como algo que poderia ser comparado com um relacionamento amoroso intenso e implacável. Com brigas, desentendimentos e reconciliações, Mick Jagger e Keith Richards fizeram uma carreira memorável juntos dentro dos Rolling Stones e seria impossível não reconhecer essa parceria musical como um dos marcos mais importantes na vida de Jagger. Junto com outras duplas como Lennon e McCartney, os irmãos Gallagher, Simon e Garfunkel e The Carpenters, o trabalho que Mick Jagger e Keith Richards fizeram juntos para o mundo da música há de ser apreciado para todo o sempre.

8. A sua energia inacabável

Sessenta anos de carreira, oitenta anos nas costas e o aniversariante ainda consegue fazer um show em estádios enormes que vai emocionar toda e qualquer pessoa presente. Se movimentando para lá e para cá com uma fineza e exuberância de um bailarino e a voz de um deus da música, Mick Jagger continua mostrando uma energia que se destaca dentre de tantos cantores que enchem tantos estádios quantos os Stones.