
Lorenzo Mussetti em quadra durante o Roland Garros – Foto: Rerprodução.
No tênis, estilo quase sempre é metáfora de jogo. Roger Federer foi lembrado tanto pelo terno impecável em Wimbledon quanto pela suavidade do backhand; Serena Williams mudou códigos de moda ao mesmo tempo em que colecionava troféus. Lorenzo Musetti surge nesse mesmo lugar de intersecção. Aos 23 anos, o italiano já carrega o rótulo de promessa consolidada, mas o que o faz ser o nome do momento é a forma como traduz performance em imagem.
Não é coincidência que a Bottega Veneta tenha anunciado Musetti como embaixador global em junho. O “quiet luxury” da marca encontra no tenista um corpo que sustenta sua narrativa: clássico no gesto, sofisticado sem precisar exagerar. No Wimbledon, ao surgir com peças em couro intrecciato, não parecia deslocado — parecia extensão da mesma elegância que leva para a quadra, onde o backhand de uma mão se tornou assinatura.
No US Open, o público acompanha o atleta. Mas a moda enxerga outro espetáculo: a naturalidade com que ele circula entre universos, sem perder autenticidade. Confirmado como primeiro nome do Rio Open 2026, Musetti chega ao Brasil como atleta em ascensão, mas também como personagem que já transcende o placar.
Ele não se limita a ganhar jogos. Constrói narrativa visual, atualiza a figura do tenista como ícone cultural e mostra que, hoje, ser atleta também significa ocupar as páginas de moda com a mesma propriedade com que se ocupa o fundo de quadra.