Fitz Roy – Foto: Divulgação

Por Cibele Maciet, de Paris

Uma das coisas que mais me gosto durante o inverno aqui na França é o acesso rápido e fácil aos Alpes. Basta pegar o trem de Paris até Megève, Courchevel ou Val Thorens, percursos de cinco horas e meia com uma ou duas baldeações. Ou, para os amantes de road trips, ir de carro é uma ótima opção: além da viagem durar o mesmo tempo que o trem, as paradas com direito à paisagens de tirar o fôlego já valem a aventura. Picos nevados, a vista emocionante do Mont-Blanc… a vibe por si só já é para lá de especial.

E foi com essa expectativa que fui conhecer os hotéis de montanha do Beaumier no começo desse ano. O grupo hoteleiro francês, que tem hotéis na França, na Espanha e na Suíça, coleciona pequenas joias instaladas em locais de veraneio, cheios de historia e de conexão com a natureza. Começando pelo genial cinco estrelas L’Alpaga, no singelo vilarejo de Megève. Primeira estação de esqui do mundo, Megève é famosa pelas impressionantes pistas e parques de neve no deslumbrante maciço do Mont-Blanc.

Frequentada pela aristocracia francesa desde a década de 1920, ela continua a ser uma das estações mais prestigiadas do mundo graças à sua localização, o fácil acesso ao teleférico e as pistas largas que a tornam adequada para todas as idades e níveis de habilidade em esqui.

Com trinta e três quartos e suítes, além de seis chalés decorados em estilo contemporâneo, o hotel ainda oferece um espaço excepcional para organizar todos tipo de eventos: seminários, team building, lançamentos de produtos, cocktails, sem esquecer casamentos.

Os visitantes podem escolher entre uma experiência gastronômica no restaurante La Table de L’Alpaga, com uma estrela Michelin, explorar sabores tradicionais no Le Bistrot de L’Alpaga, mais casual, ou provar alguns coquetéis exclusivos ou personalizados no Le Bar de L’Alpaga. O chef Alexandre Baule e a chef pâtissière Tess Evans-Mialet propõem uma cozinha autentica e generosa, recheada de ingredientes vindos de produtores locais.

Por ali, esquiamos na montanha Rochebrune, através do acesso com o teleférico. O que é bacana no vilarejo é seu centrinho, rodeado de barzinhos e lojas apinhadas de turistas. E, atenção, atividade obrigatória e charmosa: como o hotel fica um pouco afastado do centro, dá para pegar carona com uma simpática charrete do hotel guiada por um cavalo. Emily, a gerente do hotel, é de uma simpatia ímpar, super recomendo!

“Hit the road, Jack”! Depois de duas noites nesse achadinho que é o L’Alpaga, direção Courchevel, a estação preferida dos brasileiros viajantes de plantão, a uma hora e meia de distância. Ali, ficamos no quatro estrelas Les 3 Vallées, localizado no centro de Courchevel 1850, com acesso direto às pistas de esqui. Resort pioneiro em Trois Vallées, situado a 1.850 m de altitude, Courchevel é uma referência de esqui mundial. Conhecida pela diversão, dia e noite, e pela variedade de atividades esportivas, a cidade também é conhecida pelas inúmeras lojas e carros de grife dos frequentadores e pelas ótimas pistas.

O hotel, que tem um spa, uma delicatessen, restaurante e loja de esqui, ainda possui trinta e um quartos e suítes amplos, e fica na famosa Croisette, oferecendo uma visão graciosa das pistas nevadas. Essa “pousada” da montanha abala os códigos tradicionais do luxo: nada de refeições clássicas, mas jantares aperitivos com os melhores produtos da região, discussões intermináveis ​​à volta de uma “mesa de amigos”, no melhor estilo informal e cozy.

Sem falar de sauna, massagem, hammam, um grande jacuzzi, que aproveitei após dias de frio e de treinamento de uma típica principiante das pistas! Para os mais radicais, atividades como escalada no gelo, fat bike e parapente ficam à disposição dos mais entusiastas.

Mas como quem fica parado é poste, seguimos em direção a Val Thorens, no charmoso ​hotel cinco estrelas Fitz Roy, uma delicia de point bem em frente às pistas. No coração do resort mais alto da Europa, na rotunda das encostas, o Le Fitz Roy é desde sua origem o ponto de encontro dos snowboarders, praticantes de esqui, ski bikers… A juventude se encontra por ali para praticar diversas modalidades de esportes e, claro, para uma festinha e drinks no cair da tarde.

Com setenta e dois quartos e suítes disponíveis, o Fitz é um convite ao relaxamento. Uma áurea vintage reina na decoração, e dá para se sentir num filme de época. J’adore! O bar é animado e apinhado de jovens messieurs em busca de bate papo, de mesas de bilhar e de bons drinks. O restaurante, guiado pelo chef Jonas Noël, oferece uma cozinha francesa revisitada num ambiente aconchegante e romântico. Se estiver por lá, não deixe de provar o biscoito de brochet, com espinafre ao curry de Madras e sopa de lagosta, uma verdadeira benção! No dia seguinte, que tal uma passada na piscina esculpida na encosta da montanha?

E para fechar com chave de ouro, um fondue no hotel quatro estrelas Le Val Thorens, vizinho do Fitz. Um arraso! Esse grande hotel moderno é uma pequena aldeia por si só. Dois restaurantes, oitenta quartos e suítes familiares, um terraço, um panorama deslumbrante, uma enorme piscina interior, um spa e um bar, tudo isso num ambiente dinâmico e festivo. Os Alpes são uma festa!