
por Lisa Graham
Antes de conhecer Dubai, a imagem que tinha da cidade unia o que minha irmã e amigos ingleses haviam me contado (“novíssima e repleta de oportunidades”) às cenas do filme Sex and The City 2.
Curiosa, parti para a viagem de dez dias e, enquanto arrumava a mala, lembrei-me dos vestidos leves e luxuosos de Carrie. Embarquei rumo aos Emirados Árabes em dezembro passado para participar do 9o Festival de Dubai de Cinema. Minha primeira impressão foi a de estranheza.

A cidade parece ter sido transportada dos Estados Unidos diretamente para o meio do deserto. Tudo ali é novo. Em Dubai fica o prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa, com 160 andares. É possível visitar o 124o e ver a cidade e todas as suas ilhas artificiais lá de cima. Também me causou estranheza notar o quanto Dubai é, aparentemente, vazia. Ninguém caminha pelas ruas – a dica, aliás, é alugar um carro logo que chegar.
Boa parte do investimento aplicado em Dubai saiu de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes. Rapidamente, a cidade se tornou especialista em turismo e serviços. Portanto, todos estão sempre prontíssimos para te atender.

que fica no resort – Foto: Harper’s Bazaar/Reprodução
Quem adora compras vai ficar boquiaberto com os shoppings monumentais. No Dubai Mall, o maior deles, a concentração de grifes é assustadora. Imagine um corredor com gigantescas Hermès, Gucci, Chanel, entre outras. No Mall of the Emirates, fica uma das maiores extravagâncias da cidade: a pista de esqui indoor com sistema que “fabrica” neve. São 22.500 m2 com temperatura abaixo de zero.
Na mala, trouxe a fragrância Fo’ah by Abdulla Al Masaood (que tem, entre as notas, o aroma das palmeiras de lá), um turbante Malaak e sapatos Darmaki – um alento na cidade que não mostra traços de sua cultura ou história, a não ser artificialmente, claro.

Eu me hospedei no hotel Al Qasr, que fica dentro do resort Jumeirah e tem decoração cenográfica, que reproduz uma autêntica e antiga cidade árabe.
Durante uma sessão de manicure no Talise Spa (que custa US$ 150), conheci uma simpática jornalista árabe. Rosana disse que Dubai é um oásis para os árabes, inclusive, para as mulheres, que têm mais liberdade e algumas podem, até… trabalhar.
A viagem me fez voltar impressionada com a modernidade estética de Dubai e, que bom, esperançosa de que as mulheres de lá tenham um futuro mais promissor.
