Foto: Acervo pessoal/Fernanda Fehring

Por Fernanda Fehring

Amsterdã é uma festa! E não, não foi Ernest Hemingway que afirmou que a cidade holandesa é a mais animada,  popular e alegre da Europa – e, sim, os milhares de visitantes e moradores da cidade que é atualmente a mais disputada para se viver no velho continente.

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Que o diga os que se mudam para lá e enfrentam uma enorme crise de hospedagem, ou “housing crisis”, gerada pela popularidade crescente da cidade, que roubou de Londres o posto de lugar mais atraente para se viver, estudar e trabalhar da Europa.

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Sou uma fã incondicional da cidade, a qual frequento, com muita alegria, desde os 20 anos de idade. E posso afirmar que Amsterdã vive seu apogeu turístico, gastronômico e cultural. Sem falar que é um hub de startups, e um celeiro de novas tecnologias agrícolas e práticas sustentáveis. A cidade está melhor do que nunca.

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Neste artigo, apresento um miniguia da cidade que desponta como a mais divertida da Europa e apresento o icônico hotel Sofitel The Legend, onde tive o enorme prazer de me hospedar.

Sofitel Legend The Grand Amsterdam

Um hotel fascinante em todos os sentidos. Talvez esta tenha sido a propriedade mais antiga que já tenha me hospedado e com uma história pra lá de impressionante. Localizado entre dois canais históricos na região de De Waalen, no coração de Amsterdã, parte do prédio que

abriga o Sofitel Legend The Grand Amsterdam começou como Convento de Santa Catarina em 1411. No século 17 virou a sede do governo da cidade – ou City Hall – e depois o Almirantado do país, órgão importantíssimo para um país de navegadores como a Holanda. Desde 1992, o prédio de fachada belíssima com belas esculturas do artista Daniel Stapart datadas de 1662, abriga o Sofitel Legend The Grand.

Foto: Divulgação

O interior do hotel tem design em estilo francês com projeto da arquiteta Sybille de Margerie, famosa por seu trabalho em hotéis icônicos como o Cheval Blanc em Courchevel, e o Hôtel de Crillon em Paris. Os 178 quartos e suítes são decorados de forma individual, mas todos mantêm o estilo clean, com móveis em linhas retas e tecidos em cores neutras. Todos são equipados com tecnologia de ponta e todas as 52 suítes contam com o serviço de um mordomo – e o que nos recebeu, tão gentilmente, foi o amável Domingos.

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Na gastronomia, o hotel brilha com excelentes opções de restaurantes e bares sob o comando do chef executivo Raoul Meuwese. A começar pelo restaurante gastronômico Bridges e os charmosos Oriole Garden Bistro e The Garden Terrace, o hotel conta ainda com a bela biblioteca Library “Or”, onde é servido o chá da tarde. Mas o destaque absoluto vai para o charmoso bar The Flying Dutchman, um pub muito bonito e bem decorado – e que tem um dos happy hours mais animados da cidade.

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O hotel tem também um excelente spa e uma academia, e é um verdadeiro paraíso para os amantes das artes. A propriedade abriga inúmeras obras de pintores e escultores como Hildo Krop, Chris Lebau, Willem Penaat, Joseph Mendes de Costa, John Raedecker, Johan Thorn Prikker e o renomado Karel Appel – que pintou um mural no local em 1949 de enorme valor artístico e cultural.

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Detentor de inúmeros prêmios concedidos por órgãos e revistas de turismo, o hotel apresenta hotelaria de ponta. Dentre os inúmeros serviços oferecidos, se destacam a organização de cpasseios de barco, de carruagem, tours de bicicleta e até um especialíssimo tour do próprio hotel, que conta a história da espetacular propriedade.

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O que fazer em Amsterdã

Atualmente, não existe cidade na Europa mais vibrante do que Amsterdã. A cidade está sempre a mil, lotada de pessoas que estão ali com o único objetivo de curtir a vida. Sinto que a cada vez que vou à cidade, recebo “carta branca” dos holandeses para me divertir como se não houvesse amanhã. E como me esbaldo nesta cidade encantadora!

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Amsterdã já vem sentindo uma grande mudança desde o Brexit, já que recebeu muitas empresas que saíram de Londres e foram para lá. É a cidade mais multicultural e interessante da região e seus ótimos bares e restaurantes estão sempre cheios, como se fosse feriado todos os dias.

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Uma bela maneira de começar a explorar a cidade é “se perder” pelo bairro de Jordaan para apreciar a beleza dos prédios e dos canais da região, e ainda fazer compras nas charmosas lojas das Negen Straatjes – ou “nove ruas”. Em seguida, fazer um passeio de barco guiado pelos canais para ver as fachadas das casas por outro ângulo.

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Uma caminhada pelo adorável e lindo parque Vondelpark é mandatória e uma boa pedida é terminar o passeio na ótima PC Hooftstraat, ou Pieter Cornelius Hoofstraat, a rua de lojas mais elegante da cidade.

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Para quem curte um ambiente mais boêmio, a dica é visitar o adorável e descolado bairro De Pijp e seu mercado Albert Cuyp Markt, e depois parar em alguns dos cafés da região e tomar uma bela cerveja local.

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Vida cultural

Em se tratando de museus e espaços culturais, Amsterdã dá um banho. É impressionante a quantidade de excelentes espaços que uma cidade tão pequena abriga. O bairro de Museumplein é um dos mais bacanas da cidade e é o lar de museus extraordinários, como o Rijksmuseum, casa dos grandes mestres holandeses, o Stedelijk Museum Amsterdam, o museu de arte contemporânea, o Moco Museum, o museu de arte de rua, e o Van Gogh Museum, o mais famoso e disputado da cidade.

Foto: Fernanda Fehring

Uma outra mandatória é ir à Casa de Anne Frank, em Jordaan, e fazer uma visita guiada. De lá, a boa pedida é seguir para o Straat Museum, no norte de Amsterdã, e mergulhar em sua enorme mostra de arte de rua.

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Onde comer em Amsterdã

Confesso que Amsterdã me surpreendeu – e muito – no quesito gastronomia nesta última visita que fiz à cidade. Comi muitíssimo bem e não enfrentei problema algum para fazer reservas e encontrar mesas nos restaurantes que queria experimentar.

Foto: Fernanda Fehring

Dentre as boas opções de restaurantes que curti na cidade, destaco os ótimos Ron Gastrobar, um bistrô contemporâneo, o Tozi, um italiano que serve tapas, o lindo Restaurant de Plantage dentro do Zoológico, o Bridges, restaurante gastronômico do hotel Sofitel e o interessantérimo De Kas, um restaurante orgânico que fica dentro de uma estufa.

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Para uma pegada mais descolada, o Foodhallen é um mercado gastronômico com foodtrucks, e o Cafe Restaurant Amsterdam é um belo espaço desenvolvido dentro de um antigo reservatório de água da cidade. A Brasserie van Baerle e o Seafood Bar são boas opções em Museumplein. E o Winkel 43 serve a melhor torta de maçã da cidade, simplesmente deliciosa.

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Mas a melhor dica de todas é “chutar o pau da barraca de vez” e comer uma porção caprichada das excelentes batatas fritas de qualquer “casa de frituras” da cidade (a luta entre o controle do colesterol e a felicidade é uma constante em Amsterdã, rs).

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E para quem gosta de culinárias exóticas, os restaurantes indonésios da cidade são espetaculares (não é de se estranhar já que o país uma antiga colônia holandesa). Recomendo muito, muitíssimo mesmo, os excelentes Max, Sampurna at the Flower Market, Kantjil& De Tijger, Blue Pepper e o Restaurante Blau.

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Mas o mais importante de tudo quando se visita essa cidade deliciosa, é conseguir absorver a alegria, a educação, a simpatia e a civilidade de um povo tão fantástico quanto o povo holandês. Eu já não vejo a hora de voltar.

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Sofitel Legend The Grand Amsterdam
Oudezijds Voorburgwal 197,
1012 EX Amsterdam,
Holanda
+31 20 555 3111
www.sofitel-legend-thegrand.com
@sofitellegendthegrandamsterdam

@fernandafehring é formada em Hotelaria, Gastronomia e Turismo pela Universidade de Surrey, na Inglaterra, e em Cozinha pela École Le Cordon Bleu, de Paris. Foi expatriada por 18 anos, morando em países como Inglaterra, Alemanha, China, França e África do Sul. Mas é no Rio de Janeiro que Fernanda se sente mais feliz. Formada pela McQueens de Londres, Fernanda teve um ateliê de flores durante seis anos no Rio. Trabalha atualmente como curadora de viagens e colunista, e sua grande paixão são as viagens de natureza e de isolamento. País preferido no mundo? África do Sul. Viagem dos sonhos? Alasca.